Procon constata alta nas taxas médias de juros bancários

A pesquisa de juros detectou aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas

qua, 10/12/2008 - 14h02 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania realizou, no último dia 2, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. As dez instituições financeiras pesquisadas foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

A pesquisa de juros detectou, mais uma vez, aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas, embora o número de bancos que elevaram suas taxas tenha sido inferior ao observado no mês passado. Neste mês, dois bancos aumentaram a taxa de juros do empréstimo pessoal e três do cheque especial e, em novembro, cinco aumentaram a taxa do empréstimo pessoal e sete do cheque especial.

O empréstimo pessoal vem apresentando, há três meses consecutivos, taxa média superior a seis por cento; neste mês, igualou a marca registrada em abril de 1999, registrando a maior taxa média desde março do mesmo ano (6,77%). No caso do cheque especial, já é o segundo mês consecutivo que a taxa média ultrapassa os nove por cento. Neste mês, registrou a maior taxa média desde junho de 2003 (9,43%).

Comparando-se janeiro e dezembro deste ano, podemos notar que a taxa média do cheque especial apresentou maior acréscimo – em pontos percentuais – do que a do empréstimo pessoal. A diferença é de 0,89 ponto percentual para o empréstimo pessoal e de 1,12 pontos percentuais para o cheque especial.

No Empréstimo Pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,25% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 6,15% a.m., significando um acréscimo de 0,10 ponto percentual. No Cheque Especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,33% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 9,24% a.m., significando um acréscimo de 0,09 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

Santander – alterou de 6,00% para 6,69% a.m., o que significa um acréscimo de 0,69 ponto percentual, representando uma variação positiva de 11,50% em elação à taxa de novembro;

Unibanco – alterou de 6,59% para 6,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,40 ponto percentual, representando uma variação positiva de 6,07% em relação à taxa de novembro.

HSBC – A única queda verificada partiu do HSBC, que alterou sua taxa de 4,85% para 4,83% a.m., o que significa um decréscimo de 0,02 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,41% em relação à taxa de novembro.

As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

Unibanco – alterou de 8,59% para 8,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,40 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,66% em relação à taxa de novembro;

HSBC – alterou de 9,25% para 9,65% a.m., o que significa um acréscimo de 0,40 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,32% em relação à taxa de novembro;

Santander – alterou de 9,70% para 9,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,15 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,55% em relação à taxa de novembro.

Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

A última reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM se deu no final de outubro (dias 28 e 29) e a decisão foi pela manutenção dos juros básicos da economia em 13,75%. O COPOM está para divulgar a nova taxa, que vigorará a partir de 11/12. O grande desafio é conter as pressões inflacionárias diante da crise financeira global, sem comprometer o investimento e o crescimento econômico.

As instituições financeiras continuam apertando o crédito e as taxas de juros não estão convidativas. O consumidor deve continuar cauteloso e é conveniente adiar qualquer decisão de tomada de empréstimo até que as taxas estejam em patamares mais razoáveis.

Veja demonstrativo das taxas de juros praticadas

Da Fundação Procon-SP