Primeira dama Renéa Lembo é homenageada com a medalha “Brigadeiro Tobias”

A medalha é a mais alta condecoração da Polícia Militar do Estado de São Paulo

sáb, 07/10/2006 - 17h38 | Do Portal do Governo

A primeira dama do Estado, Renéa Lembo, foi homenageada neste sábado, dia 7, pela Polícia Militar do Estado, com a medalha “Brigadeiro Tobias”. A cerimônia foi realizada na Academia do Barro Branco, na Zona Norte da Capital.

Instituída em 1965, por força do Decreto nº 45.648,  a medalha é a mais alta condecoração da Polícia Militar de São Paulo. Foi criada em homenagem à memória do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, fundador da Milícia Bandeirante, tendo como finalidade condecorar personalidades civis e militares, em virtude de excepcionais serviços prestados à Corporação.

Além da primeira dama foram homenageados também Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia Legislativa; Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo; Vice-Almirante José Carlos Cardoso, Comandante do 8º Distrito Naval; Gal de Div Sérgio Luiz Vaz da Silva, Comandante da 2ª Região Militar; Gal de Div João Carlos Villela Morgero, Comandante da 2ª Divisão de Exército; Antônio Ferreira Pinto,secretário de Estado da Administração Penitenciária; Paulo Henrique Barbosa Pereira, Desembargador Presidente do Tribunal Regional Eleitoral; Geraldo José de Araújo, Delegado Superintendente da Policia Federal no Estado de SP, Ângelo Andrea Matarazzo, Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras e Subprefeito da Sé, entre outras autoridades.

Também participaram da cerimônia, o comandante geral da Polícia Militar do Estado, Cel. Elizeu Eclair e a chefe da Casa Militar, Cel. Fem. PM Fátima Ramos Dutra.

Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

Rafael Tobias de Aguiar era filho do Coronel Antonio Francisco de Aguiar e de Dona Gertrudes Aires de Aguirre, tendo nascido em Sorocaba, aos 4 de outubro de 1794 na casa, já demolida, na esquina da Rua da Ponte e do Largo da Parada das Tropas, atuais Rua XV de Novembro e Praça Dr. Artur Fajardo.

Aprendeu as primeiras letras com os monges Beneditinos, para mais tarde, em sua juventude, fazer seus estudos no curso de Humanidades, em São Paulo, com os melhores professores da época, entre os quais, Martim Francisco Ribeiro de Andrada.Durante a campanha pela Independência do Brasil, entrou na política, como eleitor de Sorocaba, em 1821, e no ano seguinte armou e pagou certo número de combatentes para integrarem o Batalhão dos Paulistas, que foi defender o Príncipe D. Pedro no Rio de Janeiro.

Em 1824 foi eleito membro do Conselho da Província de São Paulo, oportunidade em que defendeu o prolongamento da primeira linha de Correio Oficial do Interior até Sorocaba, partindo de São Paulo e passando por Jundiaí, Campinas e Itu. Assumiu o cargo de Presidente da Província em 17 de novembro de 1831, permanecendo nas funções até o dia 11 de maio de 1835.  De 1835 a 1837 foi eleito Deputado Provincial em São Paulo, Deputado Geral no Rio de Janeiro e Senador, mas não foi escolhido na lista tríplice pela Regência. Voltou a ser designado para a Presidência da Província, no período de 05 de agosto de 1840 a 15 de julho do ano seguinte.Com o fracasso da Revolução, Rafael Tobias de Aguiar, retirou-se para o sul com alguns familiares e amigos.

Rafael Tobias de Aguiar foi preso em novembro de 1842 no interior do Rio Grande do Sul e remetido ao Rio de Janeiro, onde ficou preso até 1844, nas fortalezas de Laje e Villegaignon. Durante sua prisão, recebeu o conforto familiar de sua esposa e da família.

Após a anistia, foi recebido em triunfo em São Paulo, onde continuou a militar na política até os 63 anos, em 1857, quando faleceu, aos 7 de outubro, a bordo do vapor Piratininga, em plena baia da Guanabara, diante da triste prisão de Laje. Seu corpo foi embalsamado e os longos funerais começaram na velha capital do Império, com missa e homenagens de seus amigos. No dia 18, chegou o corpo na capital paulista e o velório prolongou-se até o dia 25, na capela particular da Misericórdia. Na tarde desse dia, passou à Igreja de São Francisco da Penitência e na manhã de 26 de outubro, após a missa e as honras militares, foi sepultado no jazigo da Ordem Terceira de São Francisco, por uma lápide contendo seu nome e o ano do seu falecimento.

Carlos Prado