Prêmio USP de Comunicação Corporativa é entregue hoje

Evento contará com apresentação da Orquestra de Câmara da USP e de diversos artistas

seg, 19/11/2007 - 17h44 | Do Portal do Governo

A entrega do 7º Prêmio USP de Comunicação Corporativa ocorre nesta segunda-feira (19), a partir das 20 horas, na Sala São Paulo (antiga estação de trem Júlio Prestes e atual sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Além da revelação dos vencedores, haverá uma série de atrações para o público como as apresentações da Orquestra de Câmara (Ocam) da USP e de alunos de piano do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

A organização do evento também divulgou que poemas românticos serão declamados pelos atores Regina Duarte, Glória Menezes, Tarcísio Meira, Leandra Leal e Beatriz Segall.

Os ingressos são gratuitos. Professores, funcionários e alunos da ECA podem solicitar um par antecipado pelo e-mail premiouspcom@usp.br. O público em geral poderá obter ingressos (limitados) no dia do evento a partir das 19h40.

Premiação

Realizado pelo Laboratório Integrado de Marketing e Cultura (LIMC) e pelo Laboratório Agência de Comunicação (LAC) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, o prêmio tem duas categorias: “trajetória profissional” e “campanha”.

A primeira homenageia a importância da carreira de um profissional da comunicação, explica o professor Luís Milanesi, diretor da ECA e coordenador do Prêmio. A categoria “campanha” premia casos inovadores de comunicação corporativa que tenham provocado mudanças de atitude e de comportamento nos públicos envolvidos (interno e externo à empresa).

Neste ano, as cinco trajetórias profissionais finalistas são de Elisa Prado (diretora de comunicação da Tetra Pak), João Rodarte, (presidente do Grupo CDN), Malu Weber (gerente corporativo de comunicação e gestão de marca do Grupo Votorantim), Rosângela Santos Coelho (gestora corporativa de comunicação e responsabilidade social da Embraco), e Wilberto Luiz Lima Júnior (diretor de comunicação e responsabilidade social da Klabin S.A.).

As campanhas finalistas são das equipes de comunicação do Banco do Brasil, Companhia de Concessões Rodoviárias, CPFL Energia, SulAmérica Seguros e Unibanco.

Etapas

Para concorrentes na categoria “campanha”, tudo começou com as inscrições – encerradas em julho. Na etapa seguinte, o LIMC e o júri (composto por professores da USP) verificaram se os materiais inscritos estavam de acordo com o regulamento. Por fim, o júri atribuiu notas aos trabalhos.

A escolha da personalidade homenageada começou em agosto, quando os vencedores da categoria em anos anteriores e um representante da ECA indicaram 10 nomes para concorrer. Após consulta aos indicados sobre o interesse na disputa, um colégio eleitoral composto por profissionais de comunicação corporativa votou nos nomes apresentados.

Em ambas as categorias, os cinco finalistas foram apresentados no dia 1º de outubro. Os vencedores só serão conhecidos na solenidade de premiação, no dia 19.

Mercado e universidade

O diretor Milanesi conta que o Prêmio surgiu em 2001, por sugestão de um ex-aluno da ECA, Carlos Eduardo Silva, que ocupava o cargo de diretor-adjunto do jornal “Valor Econômico”. A publicação foi parceira da ECA na realização do evento até 2003.

Quando a ECA se tornou a única organizadora, os custos do prêmio (o troféu e o buffet, conforme detalhou Milanesi) passaram para um fundo mantido por empresas apoiadoras – como Eletropaulo, Alcatel, Bankboston, Embraer, Fiat, Itaú, McDonald’s, Microsoft, Natura, O Boticário, Odebrecht, Renault, Santander Banespa, Siemens, Souza Cruz, Suzano, Telefônica e Vivo.

Segundo Milanesi, o prêmio não tem envolvimento de patrocinador no estilo clássico: quem quiser, contribui com o valor que desejar. Ele explica que isso ajuda a não comprometer a isenção das avaliações dos concorrentes.

Os resultados da premiação traduzem a relação entre a ECA e o mercado, avalia Milanesi, afirmando que esse “é o principal prêmio do país e as solenidades de entrega tornaram-se reuniões de ex-alunos. Muitos são finalistas”.

O diretor acrescenta que a concorrência de altíssimo nível não estimula participação massiva. “Por ano, há entre 20 e 30 campanhas inscritas, principalmente de grandes empresas”.

Vencedores

Em 2006, a campanha premiada foi da equipe de comunicação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), coordenada por Luiz Henrique Michalik, e a carreira homenageada, a de Rodolfo Guttilla, diretor de assuntos corporativos da Natura. Ambos concordam que o atual mercado de comunicação pede profissionais generalistas, capazes de compreender a comunicação como um todo. “O setor está cada vez mais restrito, quem souber apenas jornalismo ou publicidade, por exemplo, não vai crescer”, afirma Michalick.

Para Guttilla, a atual configuração do mercado de comunicação no Brasil é recente, começou na década de 1980, com a abertura política e, depois, a econômica. “Num regime aberto, a economia e as empresas sofrem mais pressão social”, diz o comunicador, acompanhando um raciocínio de Michalik: “apenas as técnicas de comunicação não bastam, porque a sociedade evolui e é preciso compreender as mudanças”.

À essas opiniões, o organizador do Prêmio, Luiz Milanesi, acrescenta: a comunicação se tornou estratégica e fundamental para empresas se desenvolverem e, por isso, profissionais da área devem ocupar cargos de comando no mercado. Ele, no entanto, adverte que, apesar de a comunicação corporativa ter função de zelar pela imagem de corporações ou de marcas, ela não conserta erros. “Não adianta praticar ações equivocadas e pensar que a comunicação vai consertar”, afirma o diretor.

A cermônia de entrega do 7º Prêmio USP de Comunicação Corporativa começa às 20h, na próxima segunda-feira, dia 19 de novembro, na Sala São Paulo (Rua Mauá, 51, no bairro da Luz – São Paulo, SP).

Mais informações sobre o Prêmio pelo site www.eca.usp.br/premio

Por Fábio Brandt, da USP Online

(C.C.)