O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) fechou em 0,66% na terceira quadrissemana de janeiro. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) apresentaram variação positiva de 2,37%, enquanto os de origem animal (IqPR-A) tiveram queda de 3,58%. A informação é dos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA) Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, Raquel Sachs e José Sidnei Gonçalves.
Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, a variação positiva do IqPR atinge 0,99% e a do IqPR-V chega a 5,35%, especialmente devido às altas do tomate para mesa (115,97%), laranja para indústria (4,43%) e soja (3,80%).
“A elevação no preço do tomate está relacionada ao descompasso de produção: os produtores aceleraram a colheita da metade de novembro até uma semana antes do Natal, devido ao clima favorável (calor e chuva), o que causou uma menor produção do final do ano até a segunda semana de janeiro”, afirmam os pesquisadores.
A tendência, segundo eles, é de que em algumas semanas a produção e os preços estejam normalizados. Em 11 de janeiro, por exemplo, estavam sendo pagos R$ 35 por caixa ao produtor; desde o dia 21, o preço está em R$ 10,50 (região de Itapeva).
Os produtos que apresentaram queda nos preços foram batata (16,72%), feijão (5,31%), banana nanica (4,48%) e todos os produtos animais – leite C (8,80%); carne suína (5,30%); de frango (4,78%); ovos (2,94%); leite B (2,41%); carne bovina (2,16%). A batata tinha cotações elevadas, decorrentes do atraso de safra, mas o início da entrada de produto colhido provocou baixa. O mesmo ocorre com o feijão. Para ambos, a entrada da safra inicia um período de retorno ao abastecimento e à normalidade dos preços. Já o comportamento do leite se deve ao aumento da oferta.
Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
