Preços pagos ao produtor continuam em queda, aponta estudo

Relatório periódico é divulgado pelo Instituto de Economia Agrícola

qui, 23/02/2012 - 20h00 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que analisa os preços pagos ao produtor rural, apontou nova queda na segunda quadrissemana de fevereiro. De acordo com relatório periódico do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o recuo foi de 1,48%.

Os produtos de origem animal (IqPR-A) como carnes de frango, suínos e bovino, ovos e leite, foram novamente os responsáveis baixa, com queda de 7,31%. Já os de origem vegetal (IqPR-V) apresentaram elevação de 0,69%,

Os itens que registraram maior queda de preço no período foram tomate para mesa (32,99%), carne de frango (21,79%), ovos (11,18%), carne suína (10,84%) e amendoim (7,15%). Excluindo a cana-de-açúcar do cálculo do índice, o IqPR fecha negativo em 2,93% e IqPR-V fica positivo em 1,77%. Na curva contrária a esse cenário estão feijão (+22,46%), batata (+21,78%), arroz (+5,96%) e laranja para indústria (+4,39%).

No caso do feijão, os preços foram impulsionados em função da menor oferta gerada pela quebra de safra, estimada em mais de 10% nas regiões que fornecem produtos nesta época do ano, e a perspectiva de normalização do mercado com o início da próxima colheita.

Na laranja para indústria, a desvalorização cambial e a entrada da entressafra direcionaram preços mais elevados face às disposições contratuais, ainda que numa realidade de negócios pouco expressivos pela entressafra. Vale destacar que pouquíssimas comercializações estão sendo realizadas neste período.

Com relação ao tomate, as variações climáticas, com excesso de chuvas em alguns períodos e, posteriormente, elevação das temperaturas, podem ter sido um dos principais motivos pela queda do preço recebido pelo produtor, já que trata-se de um produto altamente perecível. Tais fatores contribuíram negativamente para amadurecimento rápido nos tomateiros que levou a necessidade do produtor colocá-lo rapidamente no mercado, gerando uma boa oferta do produto. As tendências no curto prazo indicam uma queda ainda maior.

No período analisado, nove produtos apresentaram alta de preços (todos de origem vegetal) e 11 apresentaram queda (cinco vegetais e todos os de origem animal).

Veja análise na íntegra no site 

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento