Preços do agronegócio paulista têm queda de 0,45% em fevereiro

Confira os índices do IqPR calculado pelo Instituto de Economia Agrícola

qui, 06/03/2008 - 15h47 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou fevereiro em queda de 0,45%. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação negativa, respectivamente, de 0,56% e 0,17%, segundo os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Estadual Agricultura e Abastecimento. Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, as variações permanecem negativas e com maior intensidade: o IqPR fica em –0,77% e o IqPR-V vai para –1,34%.

Os produtos em alta foram ovos (27,96%), amendoim (14,60%), banana nanica (8,41%), trigo (7,41%) e café (7,38%). “O aumento no preço dos ovos é decorrente da diminuição da oferta do produto, visto que ocorreu um redimensionamento da produção, trazendo os preços dos ovos para um patamar mais elevado. Outro fator que influenciou foi o aumento de consumo nesse período, em virtude do início do ano escolar e da quaresma”, explicam.

No caso do amendoim, Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, Raquel Sachs e José Sidnei Gonçalves afirmam que a alta ocorreu em decorrência do período final de entressafra. “Porém, já se observa que os preços estão caindo em virtude do início da colheita no final de fevereiro”.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços em fevereiro foram tomate para mesa (43,53%), milho (14,82%), carne de frango (10,55%), leite C (4,95%), carne suína (4,79%) e feijão (-4,44%). “A normalização da produção do tomate para mesa fez a cotação cair. Essa queda significativa reflete os altos preços praticados nas primeiras semanas do período-base (começo de ano)”, explicam.

Para o milho, de acordo com os pesquisadores, a baixa deve-se ao período de safra, com boa disponibilidade do produto. O mesmo ocorre com a carne de frango, com boa oferta e ligeira queda no consumo depois da grande procura no final do ano. Quanto ao feijão, inicia-se a entrada de feijão novo, com queda ainda pequena, mas que já reflete tendência de volta à normalidade do abastecimento. “Esse fato, porém, só será pleno com a entrada da safra das secas, ainda em desenvolvimento das lavouras”, ressaltam.

Veja tabelas no site www.iea.sp.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(I.P.)