Preços ao produtor têm queda de 1,44% na segunda quadrissemana

Os preços dos produtos de origem animal caíram 3,41% e os produtos vegetais variação negativa de 0,64%

qui, 20/11/2008 - 12h05 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou queda de 1,44% na segunda quadrissemana de novembro, segundo o Instituto de Economia Agrícola, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (IEA/Apta/SAA). Os preços dos produtos de origem animal caíram 3,41%, enquanto os dos produtos vegetais apresentaram variação negativa de 0,64%.

As maiores quedas foram verificadas no feijão (39,38%), batata (23,91%), tomate para mesa (17,09%), carne suína (16,67%), amendoim (14,66%), ovos (9,23%) e milho (8,69%). “Os preços do feijão repercutem plenamente a diferença entre os últimos lotes da safra de inverno e os primeiros lotes da safra de verão que começou a ser colhida em São Paulo”, dizem os autores da análise.

Já a redução nos preços do tomate aparenta estar dentro do típico padrão sazonal, observam os pesquisadores do IEA. “Por outro lado, a redução nos preços do amendoim não condiz com as variações observadas em anos anteriores, que foram de pequena alta nessa época do ano, possivelmente por conta dos estoques de passagem do amendoim mais elevados em comparação aos níveis existentes no início do plantio da safra 2007/08”.

No caso da batata, a variação negativa no período deve-se à fraca cotação do produto colhido na região de São João da Boa Vista, quando atingiu preços na ordem de R$ 12,50 a R$ 13 por saca de 50 quilos no período de 29 de outubro a 11 de novembro, dizem os técnicos. Já os preços dos suínos em São Paulo caíram em função da oferta de produto mais barato, originado de Santa Catarina.

Registraram altas de preços a banana nanica (9,59%), laranja para mesa (7,22%), arroz (2,53%), cana-de-açúcar (1,77%), laranja para indústria (0,56%) e leite tipo B (0,23%). “Enquanto os preços de ovos e leite C continuaram suas trajetórias de queda, o do frango começou a recuperar-se, dada a relevância da exportação nesse mercado, com os preços internos crescendo na esteira da escalada ascendente do câmbio, fato que eleva a renda dos agropecuaristas mas provoca reflexos inflacionários”, concluem.

A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti, Raquel Sachs, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez. (Texto: Assessoria de Comunicação da Apta. A íntegra está disponível no site www.iea.sp.gov.br)

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento