Preços agropecuários têm alta de 0,74%

Produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação de 0,85% e 0,46%, respectivamente

dom, 20/04/2008 - 13h58 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), levantado por pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA), registrou alta de 0,74% na segunda quadrissemana de abril. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação positiva de 0,85% e 0,46%, respectivamente.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, a variação positiva do IqPR atinge 0,97% e o IqPR-V sobe para 1,46%, influenciados principalmente pelas altas do tomate para mesa (109,66%), batata (18,33%), leite tipo C (11,65%) e trigo (7,50%).

O preço do tomate é resultado da baixa oferta, devida ao final da safra de verão, e do elevado custo de produção. A batata, que no período anterior apresentava uma cotação menor em virtude da qualidade inferior, teve uma recuperação do preço. Para o leite, houve reflexo do aumento do custo de produção e do ligeiro aquecimento no consumo. Já o trigo sofreu altas do mercado internacional em virtude da baixa oferta.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram feijão (27,50%), ovos (17,92%), café (10,30%), soja (9,19%) e amendoim (8,31%). Para os ovos, o fim do período da quaresma, associado aos preços considerados altos pelo consumidor, resultou em retração do consumo.

No caso do feijão, a queda se relaciona à progressiva regularização da produção com a entrada da safra da seca. “Como os preços partem de patamar muito elevado levará um tempo maior para voltar à normalidade. Ressalte-se, entretanto, que o feijão na futura safra das águas sofrerá a competição direta com o milho e a soja cujos preços internacionais dispararam, fruto da política norte-americana de produção de etanol de milho. Desse modo, as perspectivas são de preços maiores este ano que no primeiro semestre do passado e apenas um pouco menores que os do segundo semestre de 2007”, comentam os pesquisadores.

(Fonte: IEA. Veja tabelas no site do instituto)

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(L.F.)