O Índice Quadrissemanal de Preços Agropecuários Recebidos (IqPR) do Estado de São Paulo teve alta de 4,74% em fevereiro de 2007, dois pontos percentuais acima do índice registrado em janeiro. Essa elevação se deve principalmente aos produtos de origem animal (IqPR-A), cuja variação positiva foi de 11,79%.
Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) registraram aumento de 1,32%. O IqPR vem apresentando uma desaceleração nas últimas duas quadrissemanas, puxado pelas quedas sucessivas dos preços dos produtos de origem vegetal, enquanto que o IqPR-A vem apresentando tendência de aceleração de alta nas últimas quadrissemanas .
Os produtos do IqPR que apresentaram a maior alta nos preços foram a carne de frango (33,51%), os ovos (28,16%), laranja para mesa (22,07%), o tomate para mesa (13,03%) e a laranja para indústria (12,80%). Os produtos com maior queda foram a banana nanica (-11,69%), o milho (-11,13%), a batata (-8,33%), o feijão (-6,65%), o café (-4,89%) e o arroz (-3,36%). Segundo os pesquisadores, a carne de frango e os ovos continuam apresentando aumento de preços. A carne de frango devido à retomada das vendas internacionais e, os ovos, como conseqüência da menor oferta do produto nessa época do ano, em função do ajuste no alojamento das poedeiras.
No período analisado, oito produtos apresentaram alta de preços (cinco de origem vegetal e três de origem animal) e doze produtos tiveram quedas (nove do segmento vegetal e três do animal). Apesar de a maioria dos produtos apresentar queda nos preços, os três índices (IqPR, IqPR-V e IqPR-A) registraram variações positivas, pois os aumentos foram mais acentuados do que as quedas.
Desconsiderando a cana-de-açúcar, o resultado do IqPR pula de 4,74% para 7,51%, enquanto o IqPR-V vai de 1,32% para 3,34%. Como o preço da cana apresentou recuo nas últimas quadrissemanas analisadas, este contribuiu diretamente para segurar o IqPR, devido a sua elevada representatividade na produção agropecuária paulista.
Já o IqPR Brasil, o IqPR-V Brasil e o IqPR-A Brasil foram inferiores aos números de São Paulo, com valores de 3,97%, -1,38% e 10,72%, respectivamente. Essas discrepâncias se dão em virtude das diferenças de importância dos produtos na formação das respectivas rendas agropecuárias.
Da Secretaria da Agricultura
C.M.
