Preços agropecuários caem 2,88% na terceira quadrissemana

É que apontou estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

sex, 27/07/2007 - 7h02 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) variou negativamente em 2,88% na terceira quadrissemana de julho, conforme apurou o Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Apesar do resultado, a sequência de queda acelerada das últimas quatro quadrissemanas foi interrompida, devido à desaceleração da queda dos preços dos produtos de origem vegetal (IqPR-V). Já os de origem animal (IqPR-A) tiveram alta nas últimas sete quadrissemanas.

O índice da terceira quadrissemana foi puxado pela queda de 9,11% dos produtos de origem vegetal, enquanto os de origem animal apresentaram alta de 9,93%. Se a cana-de-açúcar – que teve queda de 8,50% – for retirada do cálculo do índice, a variação é de -0,03%. O IqPR-V tem redução maior (9,72%), provocada pela queda expressiva nos preços da laranja (indústria e mesa), da ordem de 17,15% e 33,48%, respectivamente, do tomate para mesa (17,51%) e da batata (22,42%). O feijão também esteve entre os produtos de maiores quedas (-8,98%).

O comportamento do preço da laranja tem relação com a oferta da época e à diminuição no consumo da fruta e de sucos por causa do frio, além da concorrência dos demais citros e frutas. O tomate também está bem ofertado.

As maiores altas da quadrissemana foram da banana nanica (33,81%), carne de frango (20,83%), ovos (7,87%), carne bovina (7,68%) e leites tipo C (7,27%) e B (3,97%). A banana está num período de baixa produção, devido ao clima, que limitou seu desenvolvimento. O frango continua influenciado pelo bom momento de vendas ao exterior, o que pressiona as cotações no mercado doméstico. Os ovos estão em período de pouca oferta, bem como a carne bovina, afetada pela menor quantidade de animais em pasto.

O clima ainda é o responsável pela alta do leite, por prejudicar as pastagens e, conseqüentemente, a produção. O déficit de leite em pó na Austrália e na Nova Zelândia, abastecedoras do mercado mundial, também contribui para o desempenho.

Para ter acesso às tabelas e gráficos referentes à terceira quadrissemana de julho, clique aqui:www.iea.sp.gov.br

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

C.M.