O cortejo fúnebre do governador Mário Covas está nesse momento na Avenida 23 de Maio, em São Paulo. Há alguns minutos passou em frente à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e também do monumento Obelisco dos Heróis de 1932, no Ibirapuera, onde foi realizada a troca de escolta.
Muitas pessoas estão acompanhando a passagem do carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas de São Paulo para se despedir de Covas, com faixas, bandeiras e cartazes em homenagem ao governador. Alguns populares tentam seguir a pé, de bicicleta, ou de carro o trajeto do cortejo.
Para a moradora do bairro Real Parque, em São Paulo, Rosalina Coghetto Almeida, 64 anos, os moradores mais necessitados fazem questão de prestar solidariedade à família de Covas nesse momento. “Ouvi uma moça dizer que fez questão de vir até aqui, porque se não fosse o governo Covas ela não teria um teto para morar”, afirmou.
No cemitério Paquetá, em Santos, onde Mário Covas será enterrado à tarde, dezenas de pessoas já se aglomeram em frente ao portão. Os muros do cemitério estão enfeitados por cerca de 600 coroas de flores, trazidas do velório realizado ontem no Palácio dos Bandeirantes. Dois caminhões comuns e um caminhão baú fizeram o transporte destas coroas. Das coroas fixadas no muro, se destaca uma enviada pelo governador da província de Toyama no Japão, Yutaka Nakaoki.
As ruas de Santos também estão cobertas por faixas de solidariedade à família e elogios a Covas, afixadas por sindicatos, associações e pela população. “Abraço apertado! O jeito calunga de dizer obrigado”, diz uma colocada por moradores da cidade vizinha São Vicente. Outra faixa contém os dizeres: “Covas, uma estrela para guiar o Brasil”.
