Todos os policiais militares atuam no Canil Central têm ao menos uma característica em comum: gostam de trabalhar com cães. Nem poderia ser diferente. Quem se dispõe a uma vaga passa por entrevista, faz o curso de adestramento e só então passa a fazer parte do pelotão.
“É preferível que o PM já tenha trabalhado no policiamento na rua, que não seja muito introvertido e que tenha equilíbrio maior do que é exigido para o policial comum”, afirma o capitão Paulo Macedo, comandante do Canil Central. O objetivo é incorporar perfis parecidos na equipe. Em média, 12 policiais por mês pedem remanejamento para o Canil Central.
Não são somente os policiais que passam por testes, os cães também têm de mostrar vocação para o trabalho. Há três meios para a aquisição dos filhotes: criação própria – suspensa devido a reformas na sede -, doação ou compra. Desde 2004, a média no canil é de 85 cães.
O primeiro passo é escolher o líder de uma ninhada, o dominante. No contato do cão com um policial, são realizadas brincadeiras nas quais o profissional observa algumas características do cão. Se mostrar bom temperamento e interesse para o faro, a PM passa a ter um novo companheiro canino para as operações.
Companheiro fiel
No canil, o filhote é recebido por um PM adestrador, que o treina e o lidera nas ações policiais. A escolha da dupla também passa por requisitos. “O ideal é equilibrar o cão e o adestrador. Um cão mais agitado fica com um adestrador um pouco mais introvertido. A harmonia deve ser perfeita”, explica o comandante do Canil Central.
Durante todo o trabalho, o cão tem a imagem de um único líder: o adestrador. A amizade, porém, vai muito além de obedecer palavras de ordem. “É impossível desfazer os vínculos entre o cão e o adestrador”, explica o sargento Sampaio, auxiliar no comando do pelotão.
Da Secretaria da Segurança Pública
