Polícia Feminina comemora 55 anos de atividades

A primeira polícia do Brasil e da América Latina foi instituída em 12 de maio de 1955

seg, 17/05/2010 - 11h00 | Do Portal do Governo

O Centro de Altos Estudos de Segurança (Caes) “Cel. PM Nelson Freire Terra” – escola de pós-graduação da Polícia Militar – realizou na quarta-feira, 12, diversas atividades em comemoração aos 55 anos da Polícia Feminina. Durante o dia, foram ministradas palestras no auditório do Caes sobre o tema “Saúde e Beleza”. A campeã mundial de salto com vara, Fabiana Mürer, acompanhada de seu técnico Elson Miranda, falou sobre sua carreira e a importância do treinamento.

O técnico e jornalista do canal de tevê ESPN, Wanderlei de Oliveira, também conversou com as policiais femininas de diversas unidades da PM sobre a onda crescente das corridas de rua, e aproveitou para falar sobre seu programa “Vamos Correr”.  Já a psicóloga e psicoterapeuta Tânia Mari Dalanora, do Instituto Qualidade de Vida, destacou em sua palestra a tripla jornada que inclui família, casa e trabalho, e o desafio de manter o equilíbrio entre família e carreira.

Histórico da Polícia Feminina

Na década de 1950, os Estados Unidos e vários países da Europa já incluiam as mulheres no seu  contingente policial. Os especialistas constataram que a mulher seria mais indicada para atender certas ocorrências no setor de segurança pública, como, por exemplo, a prostituição e a delinquência juvenil. Assim, em 12 de maio de 1955, foi instituído na Guarda Civil de São Paulo, o Corpo de Policiamento Especial Feminino – a primeira Polícia Feminina do Brasil, pioneira também na América Latina. Ainda em maio de 1955, 12 mulheres foram selecionadas para a Escola de Polícia, para integrar um curso intensivo de 180 dias. As 12 mulheres escolhidas e sua comandante foram chamadas “as 13 mais corajosas de 1955”.

Nos primeiros anos, as policiais agiam no campo da prevenção e como força de apoio a outros órgãos, como o setor de menores e mulheres. Elas também podiam ser vistas nos postos policiais das estações de trem de Sorocabana e Luz, e no aeroporto de Congonhas, fiscalizando o embarque e o desembarque de passageiros.

Com o passar dos anos, a participação feminina na PM foi ampliada, passando a atuar, além do policiamento ostensivo, em outras atividades como trânsito, bombeiro, choque, policiamento rodoviário, ambiental, policiamento com apoio de motocicleta ou bicicletas, radiopatrulhamento, policiamento escolar e a corregedoria. Ainda assim, elas continuaram presentes no Centro de Operações da PM (Copom) e nos serviços administrativos.

Depois, as policiais femininas iniciaram o trabalho no quadro de saúde como médicas, dentistas, farmacêuticas, veterinárias ou auxiliares de saúde. Outras áreas de atuação são como músicas no Corpo Musical ou mecânica de aeronaves, no Grupamento de Rádio Patrulha Aérea.

Desde 1º de janeiro de 2000, não existem mais batalhões femininos nem missão especial: a mulher está integrada operacionalmente em todas as atividades da Polícia Militar, podendo exercer qualquer função em qualquer localidade.

Da Secretaria da Segurança Pública