Polícia de São Paulo estoura mais três bases de comunicação do PCC

Trabalho dos policiais já resultou no fechamento de 15 bases e nove centrais telefônicas

sex, 06/07/2001 - 12h34 | Do Portal do Governo

Em mais uma ação bem sucedida da Polícia de São Paulo, foram estouradas na manhã desta quarta-feira, dia 6, mais três bases de comunicação utilizadas por presidiários para comunicar-se entre si e com pessoas fora das prisões.

Após detalhada investigação, munidos de mandados de busca e apreensão, os policiais civis da Seccional da Santo André, invadiram três residências – uma na Vila Pires, outra em Aramaçã, e a terceira na Vila Helena, todas em Santo André. Eles apreenderam aparelhos telefônicos e computadores. Cinco suspeitos foram detidos para averiguação.

Segundo o delegado Seccional da Santo André, Dejar Gomes Neto, as investigações indicam que essas bases pertencem ao esquema de comunicação utilizado pelo PCC. As ligações caiam nos aparelhos e eram automaticamente transferidas para o Carandiru ou outros presídios do Estado.’

Nove centrais telefônicas e 15 bases fechadas

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, com a descoberta de mais essas três, agora são 15 bases e nove centrais telefônicas estouradas pela Polícia. Policiais de Campinas descobriram, no último dia 4, uma central telefônica utilizada por presidiários.

A central funcionava a partir de um aparelho telefônico fixo localizado na casa da namorada de um detento conhecido como Leandro. Por meio do sistema, presos dos Centros de Detenção Provisória de Campinas se comunicavam com os detentos do Complexo de Hortolândia e do presídio São Bernardo (Campinas).

No início do mês de junho, policiais da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de São Bernardo do Campo, descobriram e fecharam uma central telefônica montada no bairro Jardim Cláudia, naquele município, que servia de base de retransmissão de telefonemas de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na ação, foram presas duas pessoas que moravam no local e recebiam R$ 100 de cada preso que utilizava o serviço. Foram apreendidos dois computadores, aparelhos telefônicos ligados a duas linhas e seis celulares.

No final de maio, policiais do Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais (Depatri), em conjunto com membros do Ministério Público, já haviam desfechado um duro golpe no PCC, ao descobrir e fechar 12 bases e sete centrais telefônicas montadas na Capital, Grande São Paulo e Interior.

Por meio desse sofisticado sistema de comunicação, os presos recebiam telefonemas em suas celas em qualquer presídio de São Paulo e de Estados como Paraná, Pernambuco, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará. Todas as centrais descobertas anteriormente funcionavam em casa de familiares ou pessoas relacionadas com presos.