Polícia de Ribeirão Preto investiga ‘golpe do celular premiado’

Cerca de 50 casos foram registrados no município em 2 anos. Golpistas pedem depósito em dinheiro para ter direito a suposto prêmio

sáb, 05/01/2008 - 16h21 | Do Portal do Governo

A Polícia Civil de Ribeirão Preto, a 314 quilômetros da Capital, está alertando os moradores para que não caiam no ‘golpe do celular premiado’. Só nos últimos 15 dias dois casos foram registrados no município. As vítimas recebem uma mensagem no aparelho avisando que ganharam um carro e, para garantir o recebimento do prêmio, devem ligar de um telefone fixo para um número fornecido pelos golpistas. Quando ligam, são informadas que só receberão o automóvel se depositarem uma quantia em dinheiro, em uma determinada conta bancária, ou comprarem créditos para aparelhos celular pré-pagos.

Segundo o delegado Carlos Silva, da DIG (Divisão de Investigações Gerais), esse golpe é aplicado há dois anos em Ribeirão Preto e os telefonemas são realizados dentro de cadeias do Rio de Janeiro e Fortaleza. “Os valores exigidos variam entre 100 e três mil reais. “A quantia é definida de acordo com as negociações. Caso a vítima não queira pagar, eles passam a ameaçar a família”, explica o delegado, que lembra que os golpistas agem em outros municípios do Estado.

Em dois anos, cerca de 50 casos já foram registrados na cidade. De acordo com o delegado, entre os meses de fevereiro e abril de 2007 houve um aumento desse golpe. Ele disse que nos dois últimos casos ocorridos em Ribeirão Preto, um jovem de 19 anos ligou para o número indicado, não pagou a quantia pedida e foi ameaçado. No outro, um homem de 35 anos procurou a polícia após receber a mensagem. “Nós pedimos para a vítima não retornar a ligação, deletar a mensagem recebida ou então procurar a delegacia mais próxima e denunciar”, alerta o delegado.

A polícia continua investigando os casos e tem adotado algumas medidas para reduzir o número de golpes. “Ligamos para as operadoras dos celulares dos acusados e pedimos para bloquear os números. Além disso, entramos em contato com as polícias dos estados de onde são feitas as ligações”, conclui.

Por Maria Fernanda Teperdgian, da Secretaria Estadual da Segurança Pública

(C.C.)