Polícia Comunitária paulista é referência para o País

Estado de São Paulo já conta com 243 bases fixas e 182 bases móveis para o policiamento comunitário

sex, 13/04/2001 - 11h06 | Do Portal do Governo


Estado de São Paulo já conta com 243 bases fixas e 182 bases móveis para o policiamento comunitário

A partir da próxima segunda-feira, dia 16, integrantes da Polícia Comunitária do Estado de São Paulo estarão em Florianópolis, Santa Catarina, para promover um curso para policiais catarinenses sobre a bem-sucedida experiência paulista no policiamento comunitário. Segundo o major Miguel Libório Cavalcante Neto, chefe do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar, órgão que coordena esse tipo de policiamento em São Paulo, o programa paulista é considerado extremamente importante pelo Governo Federal e serve de referência para os outros Estados da Federação. Em novembro do ano passado, outro curso foi organizado em São Paulo com a participação de 72 policiais de várias partes do País.

São Paulo foi o primeiro Estado do Brasil a colocar a Polícia Comunitária em um programa de Governo, compromisso assumido pela atual administração desde 1995. O major Libório informa que a instituição segue os padrões de atuação das mais modernas polícias comunitárias do mundo, citando como exemplo a do Japão. “As bases da Polícia Comunitária não são apenas uma edificação, mas um pólo de integração com a comunidade”, observa.

O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, explica que as bases aproximam o policial dos moradores e comerciantes dos bairros, facilitando o conhecimento dos problemas mais freqüentes do local e tornando mais fácil a sua prevenção. “Trata-se de um programa permanente de interação polícia/comunidade.” Para ele, a filosofia de policiamento comunitário não se restringe apenas a questões táticas e estratégicas, é muito mais abrangente e deve refletir-se na melhoria do padrão dos serviços prestados, redução de custos operacionais, ampliação do desempenho pessoal, melhoria dos níveis de satisfação da comunidade e maior comprometimento entre os agentes e a população.

Atualmente, existem 243 bases fixas no Estado, que estão presentes em 192 municípios. O efetivo utilizado é de 7.305 policiais, beneficiando 12,4 milhões de pessoas. Só na Capital, são 48 bases, e no restante da Região Metropolitana, mais 37, que empregam 2.849 policiais militares e beneficiam uma população aproximada de 5,8 milhões de pessoas. No Interior são outras 158 bases fixas. Existem ainda 182 bases móveis espalhadas por todo o Estado, sendo 86 na Capital, 51 na Região Metropolitana e 45 no Interior, incluindo as 12 que serão entregues pelo governador Geraldo Alckmin, neste sábado, dia 14, em Jundiaí, para os municípios de Jundiaí (2), Campinas (3), Piracicaba, Americana, São João da Boa Vista, Mogi-Guaçu, Bragança Paulista, Limeira e Rio Claro.

As bases móveis são veículos tipo furgão com capacidade para até oito policiais. Podem ser utilizadas também para deslocamento de tropa, como no caso de uma reintegração de posse, por exemplo. Contam com um rádio fixo (VHS), um rádio móvel, um notebook e uma impressora, auxiliando no policiamento preventivo e ostensivo. O custo de cada Base Comunitária Móvel é de R$ 62,5 mil.

Simão Molinari