As oito delegacias seccionais da cidade de São Paulo estão empenhadas em lacrar todas as máquinas de caça-níqueis da Capital. A ação foi viabilizada devido a um mandado judicial da Quinta Vara Criminal, expedido pelo juiz Edison Aparecido Brandão, que determina serem todas as máquinas de caça-níqueis como jogo de azar, independente de avaliação pericial, caracterizando a ilegalidade de seu uso. A ações acontecerão por toda cidade nos próximos dias.
Dois mil caça-níqueis já foram apreendidos. Segundo Aldo Galiano, diretor da Departamento de Polícia Judiciária da Capital, o problema maior é o alto número de máquinas existentes: 180 mil na capital e 300 mil no estado. “Precisaria de uns dez estádios do Pacaembu para armazená-las”, diz Galiano.
Foram fechadas, também, duas fábricas responsáveis pela locação de 10 mil máquinas. A polícia investiga crimes de lavagem de dinheiro, sonegação e contrabando, entre outros. “Para nós interessa para onde vai essa fortuna e a quem serve. Está ligada ao crime organizado? É lavagem de dinheiro de drogas?” Galiano, foi enfático: “Não podemos garantir que um problema que se arrasta há 14 anos seja resolvido em não mais que 15 ou 20 dias”.
Policiais do Decap ainda participam do fechamento de bingos oferecendo o apoio policial. “Em parceria com a Prefeitura, dos 170 bingos da capital nós já fechamos 111 e estamos analisando a documentação de todos. Esses documentos foram recolhidos na semana passada”, contabiliza Galiano.
A atuação do Decap ocorre em sintonia com a Operação Hurricane, que investiga advogados, políticos e magistrados do Superior Tribunal Federal suspeitos de vender liminares que autorizavam o funcionamento das casas de jogo.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública
(R.A.)
