Polícia Ambiental combate comércio de madeira ilegal em SP

Balanço de dois dias de fiscalização indica apreensão de 1.129 metros cúbicos de madeira

seg, 20/07/2009 - 17h20 | Do Portal do Governo

A Polícia Militar Ambiental de São Paulo, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e com o Instituto Florestal (IF), promoveu uma megaoperação contra o transporte e o comércio ilegal de madeira provinda da Amazônia entre quinta, 16, e sexta-feira, 17. Denominada Operação Xilema, a ação envolveu cerca de 150 policiais e 50 viaturas e atingiu todo o Estado de São Paulo.

Ao todo, os policiais abordaram 161 pessoas e fiscalizaram 35 veículos, dos quais cinco com carga de madeira exótica. Os números parciais da operação apontam para a apreensão de 903 toneladas e multas no valor total de R$ 782 mil.

Policiais militares organizaram bloqueios em 32 pontos das principais estradas do Estado, onde caminhões de transporte de madeira foram vistoriados. Em postos de combustíveis, os policiais procuraram veículos que geralmente usam o local para escapar das fiscalizações. Os policiais também fizeram vistorias em pátios de madeireiras com suspeitas de irregularidades – pelo menos 21 foram checadas. Também foram montados 36 pontos comerciais nas regiões de Taubaté, Campinas, Araçatuba, Presidente Epitácio e ABC.

Cinco dos bloqueios foram instalados em posições estratégicas do Estado nos municípios de Presidente Epitácio, Castilho, Rubinéia, Colômbia e Icem, onde é comum a passagem de caminhões que transportam madeiras. O procedimento padrão da polícia previa a checagem de documentos e uma vistoria nas madeiras transportadas.

A ideia da ação era encontrar cargas ilegais. Para auxiliar na identificação delas, os policiais usaram a tecnologia. Em cada local e fiscalização, uma câmera fotográfica com lentes macroscópicas fazia imagens que eram enviadas ao Instituto Florestal. O órgão analisava a origem da madeira e transmitia o laudo técnico aos policiais em tempo real. O método foi utilizado pela primeira vez no Estado de São Paulo.

“Fazemos a identificação da madeira no local, produzimos uma imagem macroscópica, e o Instituto Florestal faz a análise em qualquer ponto do Estado que tenha um técnico habilitado. Essa parceria tem sido responsável pelo sucesso das fiscalizações”, afirmou o porta-voz da Polícia Ambiental, capitão Marcos Alves Diniz.

Os casos irregulares mais comuns nas madeireiras são a discordância nas quantidades de carga (número maior ou menor que o registrado) e mercadorias sem documentação – que estão disponíveis para venda, mas não apresentam o Documento de Origem Florestal (DOF). As autuações variam de acordo com a quantidade de madeira irregular apreendida e podem chegar a R$ 150 mil. Nos três últimos anos, já foram aplicados mais de R$ 4,8 milhões em multas.

Confira os números da Operação Xilema por região:

1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental – Região de Campinas: 815 m3 de madeira apreendida, R$ 477.008,92 em multas; e 6 pontos de bloqueio

2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental – Região de Araçatuba e Presidente Epitácio: 2,342 m3 de madeira apreendida; R$ 23.128,49 em multas; e 4 pontos de bloqueio

3º Batalhão de Polícia Militar Ambiental – Região de Taubaté: 239,480 m3 de madeira apreendida, R$ 80.131,79 em multas e 13 bloqueiros

4º Batalhão de Polícia Militar Ambiental – Região de São José do Rio Preto: 71,975 m3 de madeira apreendida, R$ 202.142,80 em multas e 9 bloqueiros.

Da Secretaria do Meio Ambiente