PM terá Diretoria de Policiamento Comunitário e Direitos Humanos

Medida visa ampliar o número de Bases Comunitárias de Segurança; PM paulista formará multiplicadores de outros estados

sáb, 22/11/2008 - 19h57 | Do Portal do Governo

O secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, anunciou na sexta-feira, 21,  que a Polícia Militar terá uma nova diretoria de Policiamento Comunitário e de Direitos Humanos. A iniciativa foi comunicada, sucessivamente, em três eventos realizados no interior paulista, na inauguração das sedes do 4º Grupo da PM em Tarabai e do 3º Pelotão da PM em Maracaí; e na entrega de 34 viaturas policiais em Presidente Prudente.

Originado no Japão, o policiamento comunitário vem ganhando espaço na PM paulista há 15 anos. O Estado de São Paulo tem hoje 260 Bases Comunitárias de Segurança (BCS), localizadas em comunidades carentes. Os policiais comunitários trabalham sempre nesses mesmos locais – diferentemente dos que fazem radiopatrulhamento, por exemplo, que são direcionados, a cada momento, para locais onde ocorrem emergências. A fixação ao bairro torna os policiais comunitários conhecidos da população, que a eles recorre para mediar conflitos sociais ou interpessoais.

Hoje coordenado por uma divisão da PM, o policiamento comunitário passará a ter uma diretoria no Alto Comando, dirigida por um coronel, a mais alta patente da corporação. O secretário Ronaldo Marzagão já encaminhou a proposta ao governador José Serra. O secretário afirmou que a nova diretoria fortalecerá uma modalidade de policiamento que visa proporcionar mais proximidade entre a polícia e os cidadãos.

“A polícia de proximidade é muito importante, pois ela se integra com a sociedade, nos centros comunitários, e com os diversos órgãos, que, direta ou indiretamente, cuidam da Segurança Pública. Como resultado disso, temos uma polícia que tem se mostrado ao Brasil uma polícia de referência”, argumenta Marzagão.

A PM paulista formará multiplicadores de policiamento comunitário de outros estados brasileiros. Brevemente, realizará, em São Paulo, o primeiro curso para formação de multiplicadores em policiamento comunitário, atendendo a pedido da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.

De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberto Antonio Diniz, a nova diretoria será uma elevação da Divisão de Direitos Humanos, já existente na PM como órgão executivo. “O objetivo da criação da diretoria é melhorar a gestão de implementação da política de Polícia Comunitária e Direitos Humanos que, há mais de dez anos, faz parte da vida da Polícia Militar”, explica o comandante. “A diretoria irá aumentar a eficiência da Polícia Militar e acelerar o crescimento das bases comunitárias”, justifica o comandante, ao salientar que, atualmente, a PM possui 260 Bases Comunitárias de Segurança e mais 20 de Bases de Segurança Distritais.

Unidades da PM de Tarabai e Maracaí ganham sedes próprias

O município de Tarabai, na região de Presidente Prudente, foi o primeiro a receber a visita do secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, na sexta-feira, 21. Com a população de pouco mais de 6,4 mil habitantes, a cidade inaugurou a sede própria do 4º Grupo da 3ª Cia. do 18º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I). O terreno de 686 m², que abriga as novas instalações, foi doado pela prefeitura e recebeu obras que custaram R$ 122 mil ao Governo do Estado.

No final da tarde, foi a vez do município de Maracaí, na região de Bauru, inaugurar as novas instalações do 3º Pelotão da 2ª Cia. do 32º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I). No terreno de 1.782 m², cedido pelo Governo do Estado, 116 m² foram destinados à construção da nova sede, que custou R$ 139 mil.

Mais 34 viaturas para 13 municípios

A Polícia Militar da região de Presidente Prudente, distante 565 quilômetros da Capital, recebeu, na tarde de sexta-feira (21), 34 novas viaturas, sendo 24 carros e dez motocicletas. Além de entregar novos veículos, o secretário da Segurança anunciou, durante a cerimônia, a implantação, em Presidente Prudente, de sistema de comunicação por meio de rádios digitais nas viaturas policiais.

A iniciativa visa tornar mais eficaz o trabalho da polícia. “A radiodigitalização é um salto de qualidade em termos de comunicação e de inteligência no serviço policial”, explicou Marzagão. “A qualidade do som digital é muito melhor do que o do analógico. E a freqüência, não é passível de interceptação; o que é muito importante em operações policiais. Além disso, serve também como uma forma de controle de localização, pois é uma espécie de GPS”, argumenta o secretário, que complementou: “O sistema deve ser implantado a partir de 2009”.

Com os investimentos no policiamento da região, o objetivo é reduzir ainda mais os índices de criminalidade. Até setembro último, o número de homicídios ao ano para cada 100 mil habitantes na região de Presidente Prudente era de apenas cinco, metade da média estadual, um quinto da média nacional – de 24,5 por 100 mil habitantes.

Marzagão destacou a contribuição que a região de Presidente Prudente tem dado à política de redução dos homicídios no estado. “Desde o começo de janeiro de 2007, mais de 17 mil pessoas deixaram de morrer, são 17 mil vidas poupadas”, afirmou, ao comparar as taxas de homicídio de 2006 com as atuais.

Com a progressiva redução do número de homicídios, desde 1999, São Paulo contabilizou, até setembro, 10.3 homicídios por 100 mil habitantes. A meta definida pelo secretário da Segurança Pública é diminuir, ainda mais, o número de mortes intencionais, chegando, ao final deste ano, a 10 homicídios por 100 mil habitantes, nível aceitável pelo ONU (Organização das Nações Unidas) e praticado por países do chamado Primeiro Mundo.

Da Secretaria da Segurança Pública

(I.P.)