A Polícia Militar do Estado de São Paulo é a primeira na América Latina a dispor de um equipamento que permite explodir, com segurança, bombas e artefatos até mesmo em locais de grande circulação de pessoas, como praças, avenidas e estações de trem ou metrô. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), unidade especializada em ocorrências com bombas e resgate de reféns, acaba de receber uma série de equipamentos para contenção de explosões; o principal deles tem o nome de tenda de contenção.
Esse novo equipamento é composto por dois kits, com quatro configurações de tamanhos, onde os artefatos são colocados e explodidos. Além das tendas, esse kit é composto por um injetor de material semelhante à espuma – para minimizar o impacto – e um aspirador que retira os detritos. O investimento é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal. O material é importado do Canadá.
As tendas se assemelham a iglus, e são feitas de fibra de aramida. Segundo o capitão Adriano Giovaninni, comandante do Gate, “elas resistem a explosões de diversas intensidades, provocadas por artefatos como o C4 e o trinitrotolueno (TNT) – ambos de uso militar e de alto poder de destruição”. As tendas podem ser usadas quantas vezes for necessário, já que não são destruídas após a explosão.
Além desses materiais, o Gate já recebeu outros produtos oriundos do mesmo investimento: as mantas balísticas e uma mini-caixa para transporte de explosivos com segurança. Nesta noite, chega ao Aeroporto Internacional de Guarulhos o restante dos equipamentos – entre eles, está um aparelho de raio-X portátil e micro-câmeras de rastreamento.
Da Secretaria de Segurança Pública
