PM realiza 1º Encontro Internacional de Polícia Comunitária

Policiais visitaram as bases comunitárias nas zonas norte, leste da Capital e em Suzano

qui, 15/11/2007 - 13h14 | Do Portal do Governo

Policiais de Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Japão marcaram presença no 1º Encontro Internacional de Polícia Comunitária. O evento, realizado na capital pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), no mês passado, tem parceria da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

Durante o encontro, os participantes conheceram as experiências bem-sucedidas da Polícia Militar no campo da Polícia Comunitária. O cônsul-geral de Honduras, Fábio Ferras Biardo, também participou.“Os policiais de Honduras, Guatemala, El Salvador e Nicarágua estão querendo adotar esse modelo em seus países, que, infelizmente, passaram por guerra civil.

Com a estabilização política, resolveram que é hora de adotar novo sistema de segurança, mais próximo da comunidade”, informou o major Jackson Justus, chefe de Divisão de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PMESP. 

Experiências bem-sucedidas – No primeiro dia do evento, ocorreram palestras sobre Polícia Comunitária e Comportamento Humano (ministrada pelo coronel Ailton Brandão, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e presidente da Polícia Comunitária), Sistema Operacional (coronel José Roberto, subcomandante da PM) e Atuação da Mídia na Prevenção de Delitos (com o jornalista Renato Lombardi).

No segundo momento, Takashi Ishii, superintendente da Polícia Nacional do Japão, e o tenente-coronel Luiz de Castro Junior, chefe do Estado-Maior do CPC, compararam os dois tipos de Polícia Comunitária (japonesa e brasileira) e relataram suas experiências nesse tipo de policiamento.

No dia seguinte, os policiais visitaram as bases comunitárias Praça Oscar Silva (zona norte), Largo São José do Belém (zona leste) e Casa Branca (Suzano). Os policiais estrangeiros conheceram as experiências bem-sucedidas desses locais que conseguiram adquirir a confiança dos moradores e a efetiva participação da comunidade para resolver os problemas dessas regiões.

“Esse tipo de intercâmbio é importante porque podemos aprender a experiência da Polícia Militar do Estado de São Paulo com a comunidade e avaliar o que podemos realizar nesse sentido na Nicarágua para conseguirmos a segurança pública, a tranqüilidade, o bem maior das pessoas”, ressaltou Horacio Sabalvarro, oficial do Distrito 1 de Polícia de Manágua (Nicarágua), que visitou a BCS Praça Oscar Silva. 

Bons resultados – No último dia do encontro, ocorreu reunião para definir equipes de discussão e preparar relatório final sobre o evento. Foram formados quatro grupos com oito policiais, incluindo o pessoal da Jica. “O debate girou em torno dos principais problemas, sobre o trabalho desenvolvido e como a nossa experiência de Polícia Comunitária pode melhorar o trabalho de policiamento em seus respectivos países”, informou o major Jackson.

Hoje, existem 20 bases-piloto de Polícia Comunitária. O CPC estuda a possibilidade de expandir o projeto para todo o Estado de São Paulo.

“O grande desafio para o policiamento comunitário está no perfeito entrosamento entre a polícia e a comunidade. Quando isso ocorre, como é o caso da BCS do Jardim Ranieri, no Jardim Ângela, vemos os bons resultados.” Há dez anos, o local era considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) um dos mais perigosos do mundo. Atualmente, com o trabalho da Polícia Comunitária e a participação da população, os índices de violência caíram consideravelmente. “Hoje, a Base do Jardim Ranieri comporta até biblioteca, com mais de 8 mil livros doados. Esse acervo beneficia 51 mil habitantes da região”, finalizou o major Jackson. 

Maria Lúcia Zanelli

Da Agência Imprensa Oficial