Uma comitiva com dez autoridades do Quênia busca nas experiências brasileiras soluções para o combate à violência armada e afastamento de jovens da criminalidade. Os projetos de direitos humanos e responsabilidade social desenvolvidos pela Polícia Militar paulista foram escolhidos para exemplificar as medidas que obtiveram sucesso em nosso país e serão acompanhadas de perto pelos quenianos durante dois dias.
Nesta quinta-feira, 17,na parte da manhã, os representantes do comitê – parlamentares, chefes de polícia e membros da sociedade civil do Quênia – assistirão a uma palestra ministrada pela Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCDH), comandada pelo coronel Luiz de Castro Junior. O grupo conhecerá todos os trabalhos de responsabilidade social exercidos pela PM.
No período da tarde, as autoridades acompanharão um desses projetos ‘in loco’: o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) que, em seus 17 anos de implantação, já atingiu seis milhões de crianças.
Além do Proerd, os quenianos também conhecerão o funcionamento da Ronda Escolar e do programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC), que busca conscientizar crianças e adolescentes sobre sua importância perante a sociedade, organizando ações sociais em escolas e imediações.
Na sexta-feira, 18, o comitê acompanhará o trabalho da Polícia Comunitária. A primeira visita será na Base Comunitária do Jardim Ranieri, instalada nas proximidades do Jardim Ângela, bairro que já foi conhecido mundialmente como a região mais perigosa do planeta e, atualmente, possui todos os índices criminais controlados.
A Base Comunitária do Jardim Ranieri é considerada um dos fatores que culminaram na melhoria da qualidade de vida dos moradores da área e o projeto é reconhecido como modelo, por possibilitar a aproximação da figura do policial à comunidade.
A segunda visita será na Base Rotary, no centro de São Paulo, onde são desenvolvidos diversos programas educacionais que tiraram crianças do bairro da ociosidade.
“O Quênia é um país que vive problemas sociais sérios. Nosso objetivo é mostrar que o investimento na prevenção primária ao crime e no contato direto com a sociedade evita o crime em sua origem, reduzindo consideravelmente os índices de violência a médio e longo prazos”, argumenta o major José Eduardo Bexiga, responsável pela Divisão de Relações Internacionais, do DPCDH.
Da Secretaria da Segurança Pública