O Comando de Policiamento do Interior-4 (CPI-4) inaugurou na semana passada, 30, um centro de equoterapia na cidade de Bauru. A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo e uma equipe multidisciplinar de profissionais visando benefícios à saúde das pessoas.
De forma lúdica e prazerosa, o método é eficaz na obtenção de benefícios neuromotores, psicossociais e educacionais. Os praticantes desenvolvem, por meio do trote do cavalo e seu vínculo afetivo com o animal, equilíbrio, coordenação motora, consciência corporal, atenção, concentração, socialização, auto-estima e autocontrole.
Em Bauru, esse trabalho é desenvolvido pela Sociedade para Recuperação e Reintegração de Incapacitados (Sorri) que, nesta fase inicial, atenderá 12 pacientes com paralisia cerebral e autismo, entre outras deficiências. A partir desta segunda-feira, 7, três animais da Cavalaria da Polícia Militar de Bauru farão parte desse centro: Relâmpago, Janus e Paçoca. Os cavalos continuarão no trabalho de patrulhamento das ruas.
O Centro de Equoterapia, que pertence ao 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), mas está localizado na sede do CPI-4, acaba de passar por reformas. A Sorri recebeu o convite para utilizar o espaço e, com a ajuda de diversas empresas da cidade, conseguiu reformá-lo. Durante as obras, foi construída uma passarela para cadeirantes. Agora, a equipe – composta por fonoaudiólogo, psicólogo e fisioterapeuta da instituição, além de um equitador da PM – passará a atuar no local.
Na avaliação do coronel Pedro Batista Lamoso, comandante do CPI-4, o trabalho é uma maneira de aproximar o policial da sociedade. “Isso proporciona uma interação muito grande com a comunidade. Às vezes, a sociedade não reconhece o serviço de fiscalização feito pelos policiais e, nesses eventos em que a polícia auxilia pessoas com deficiência, construimos um melhor relacionamento”, afirma.
O centro
Membro da Cavalaria da Polícia Militar de Bauru há 14 anos, o sargento Boaventura será o equitador do grupo. “Vou escolher o cavalo com o andar mais adequado para cada praticante de acordo com as informações médicas. Além disso, vou checar se o animal está bem para trabalhar no dia; se ele não tem nenhum problema de saúde”, justifica.
Os 12 primeiros participantes foram selecionados entre os usuários da Sorri Bauru por meio de indicação médica e têm idades entre dois e 25 anos. As atividades serão realizadas com os praticantes às segundas-feiras, das 7h30 às 12 horas.
No período da tarde, os pais dos pacientes serão atendidos na sede da instituição para receber informações sobre a evolução durante a terapia. Para participar, é necessário ser usuário da Sorri e já existe uma fila de espera para o serviço realizado no CPI-4.
Da Secretaria da Segurança Pública
