Plano Real: Variação do preço da cebola | Governo do Estado de São Paulo

Dados são do balanço do Plano Real divulgado pela Fundação Procon-SP

Cebola

A cebola apresentou variação de 93,88% (período de 1/7/94 a 29/6/01). Este foi o produto que teve a segunda maior variação no período dentro do grupo Alimentação, e inclusive da cesta. A cebola teve uma oferta satisfatória no ano de 1995. Houve um aumento de 10% da área plantada, em função dos preços favoráveis. No ano de 1996, a cebola foi o produto que liderou os aumentos de preços, com 23,21%. Os produtores brasileiros, pressionados pela alta qualidade a baixo preço da cebola argentina presente no mercado, passaram a investir em qualidade, iniciando-se a recuperação de preços do setor, que chegou a subir quase 54%, no varejo paulistano, em outubro. Em 1997, a cebola teve um aumento de 49,28%. Em 1998, o produto teve queda de 15,53%, em função da grande oferta no mercado ocasionada pela grande produção no sul do País. Em 1999, esse item também acumulou variação negativa de 41,38%. A maior variação positiva do período analisado foi no ano de 2000, quando a cebola variou 62,75%; a elevação do preço se deu devido ao longo período de estiagem constatado nas estações de outono e inverno, comprometendo a umidade natural do solo, necessária para o cultivo deste produto. As lavouras desenvolveram-se mais satisfatoriamente no final do ano, com a ocorrência de freqüentes chuvas nos estados produtores, o que também propiciou o aparecimento de doenças comuns à cultura, embora sem comprometer o resultado final da safra. Além disso, houve uma diminuição quantitativa das áreas de plantio, interferindo na perspectiva de oferta da safra no mercado. A situação da produção da cebola, neste primeiro semestre de 2001, apresentou-se similar à da batata em relação às condições climáticas desfavoráveis, o que influenciou a elevação dos preços, com menor oferta de um produto de boa qualidade no mercado. O aumento da oferta da cebola decorrente da entrada do produto argentino permitiu uma desaceleração no ritmo de altas. Apesar de ser a segunda maior variação, a cebola não faz parte dos produtos que mais pesaram positivamente na variação da cesta no período dos sete anos de Plano Real.