Entre as dez principais metas para 2008 anunciadas na última quinta-feira (17) pela Sabesp, estão o investimento de R$ 1,6 bilhão e a margem de rentabilidade de 47,7%, além da tendência para a universalização do abastecimento de água no Estado, com 166,9 mil novas ligações, e o aumento para 82,6% de coleta de esgoto e para 71,5% o de tratamento.
Após a apresentação das metas pelo presidente da empresa, Gesner Oliveira, a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, sugeriu aos diretores que reunissem os funcionários para assistir aos vídeos do governador José Serra sobre a Sabesp do início do ano passado e de agora. “Discutam e analisem qual foi a transformação do nosso trabalho”, afirmou. “Hoje a Sabesp é uma instituição diferente, sabe que é parceira dos municípios e que os municípios são seus parceiros – não somente aqueles que têm concessão, mas também os demais”, disse o governador. “O governo do Estado trabalha para que todos, todos os 645 municípios paulistas tenham água potável, coleta e tratamento de esgoto”.
A grande mudança no trabalho da empresa foi resumida pelo governador em três palavras-chave: diálogo, eficiência e transparência. “A Secretaria de Saneamento e Energia mantém um diálogo aberto, franco, altivo com as prefeituras municipais, sem distinção partidária”, disse. Para Serra, o essencial é prestar serviços, cada vez melhores, a todos os municípios do Estado. “A Sabesp dispõe de instrumentos que lhe permitem auxiliar os municípios não atendidos pela companhia, ajudando na elaboração de bons projetos e na busca de financiamento. Tem plenas condições de fazer uma prestação de serviços de acordo com a necessidade do cliente e de cada cidade”, afirmou.
A Sabesp terá de enfrentar agora um novo desafio. “Pela primeira vez em sua história, passará a ser fiscalizada”, disse governador. “Quando se sentirem prejudicados, prefeituras e consumidores vão poder apelar à Arsesp, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo”, ressaltou. Serra lembrou que agora é outro tempo, de concorrência de mercado, e não mais monopolista. “O poder concedente tem voz ativa. A democracia exige uma instituição regulatória independente do governo, do pode concedente e dos consumidores.”
A secretária Dilma Pena está confiante no desempenho da Sabesp este ano. Ela chamou a atenção para dois aspectos importantes para a efetivação das metas. “De um lado, as condições institucionais do nosso trabalho, com a Sabesp forte e, de outro, a nossa capacidade de realizar investimentos viáveis de uma forma estável. E esses dois lados têm de estar em equilíbrio”, observou. “Sabemos que nós podemos, que podemos ser uma empresa de soluções ambientais e ser parceira dos municípios.”
O presidente da Sabesp disse que “a regulação é muito bem-vinda” e destacou a importância da interlocução com o poder concedente e com a agência reguladora. “Isso é bom para a companhia porque reduz o risco regulatório, reduz o risco de capital e de custo. E porque obriga a todas as outras companhias a fazer a mesma coisa. E nós temos condições de fazer muito melhor.”
Falaram também durante o evento os diretores da empresa, que destacaram o empenho do “time Sabesp” em 2007 e a necessidade de rigoroso planejamento para a obtenção das metas deste ano. Eles receberam do presidente uma pasta com o Plano de Metas. Umberto Semeghini, diretor de sistemas regionais, emocionou-se ao anunciar a universalização dos serviços de água, coleta de esgoto e tratamento na região de Lins para 2009 e na de Franca para 2010. No final, ao agradecer sua equipe pelo trabalho, Semeghini não conseguiu concluir sua fala. O evento no auditório da Sabesp foi transmitido para ao vivo para 143 pontos de intranet e 21 pontos da TV corporativa.
Da Secretaria de Saneamento e Energia
(L.F.)
