Piso salarial regional já está em vigor

Valores passam de 410,00, R$ 450,00 e R$ 490,00 para R$ 450,00, R$ 475,00 e R$ 505,00, respectivamente

sáb, 03/05/2008 - 11h31 | Do Portal do Governo

Começa a valer no Estado de São Paulo o novo piso salarial regional sancionado pelo governador José Serra na última semana. O valor entrou em vigor no dia 1º e passou de R$ 410,00, R$ 450,00 e R$ 490,00 para R$ 450,00, R$ 475,00 e R$ 505,00, respectivamente.

As faixas salariais foram estabelecidas de acordo com 105 ocupações. O projeto de lei foi enviado em caráter de urgência à Assembléia em março passado pelo governador. Os reajustes de todas as faixas foram superiores à inflação acumulada no período.

Entre julho de 2007, mês anterior à vigência do Piso Salarial Regional de São Paulo, e fevereiro de 2008, a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi de 2,40%. Já os aumentos do piso atingiram índices de 9,76% para a 1ª faixa; 5,56% para a 2ª faixa; e 3,06% para a 3ª faixa.

Criado em agosto de 2007, o piso é voltado aos trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, de acordo com a Lei Complementar 103/2000. Estima-se que cerca de um milhão de pessoas tenham sido beneficiadas pelo Piso Salarial Regional em todo o Estado de São Paulo.

Audiência Pública

A votação foi antecedida por uma audiência pública da qual participou o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingues, além de deputados estaduais e representantes do movimento sindical.

Afif Domingos assumiu o compromisso de antecipar o reajuste nos próximos anos, tendo como base o calendário de aumentos do salário mínimo federal, sempre com a defasagem de dois meses.

Assim, no ano que vem, quando o mínimo for aumentado em fevereiro, o piso paulista deverá ser reajustado em abril e, em 2010, quando o salário mínimo subir, em janeiro, o piso de São Paulo será aumentado em março. A defasagem ocorre em função do projeto estadual demandar de cerca de 60 dias para ser apresentado, discutido, aprovado e entrar em vigor.

Cintia Cury