Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apontou que o milho pode ser a matéria-prima para a produção de um novo corante. A alternativa pode substituir os corantes sintéticos usados em alimentos e roupas.
O milho apresenta pigmentos antioxidantes e antiinflamatórios – as antocianinas – que podem trazer benefícios à saúde. Responsáveis por dar cor aos vegetais, as antocianinas inibem os radicais livres, o que favorece a prevenção de doenças degenerativas como o câncer.
A pesquisa utilizou as variedades nativas de milho peruano, roxa e vermelha, adquiridas em fazendas locais. Foram feitos testes de fixação em produtos têxteis, principalmente no algodão e o resultado é que a coloração não se deteriora ao longo do tempo.
No entanto, ainda são necessários mais estudos para destacar a importância das antocianinas na dieta humana e aprimorar as metodologias de extração. O interesse por produtos naturais tem crescido por conta de restrições impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e das exigências dos consumidores.