Pesquisa semanal da Fundação Procon-SP revela que cesta básica do paulistano está mais cara

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sex, 18/08/2000 - 11h01 | Do Portal do Governo

Na terceira semana de pesquisa de Agosto de 2000, o valor da Cesta Básica teve ALTA de 0,31%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio que no dia 10/08/00 era R$138,76 passou para R$ 139,19, em 17/08/00. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 0,26%, Limpeza 0,47% e Higiene Pessoal 0,51%, ficando a variação acumulada no mês em 2,69% (base 31/07/00) e nos últimos 30 dias em 4,80% (base 17/07/00). No ano, a Cesta variou 0,14% (base 30/12/99), e nos últimos 12 meses 15,11% (base 17/08/99).

No período de 11/08 a 17/08/2000, os produtos que mais subiram foram:

– Frango resfriado inteiro: 4,88%
– Feijão carioquinha: 4,50%
– Sabão em barra: 3,85%
– Sabonete: 3,33%
– Açúcar: 2,99%

As maiores quedas foram:

– Absorvente: 8,24%
– Cebola: 7,14%
– Carne de 1ª: 2,47%
– Margarina: 1,85%
– Salsicha avulsa: 1,83%

Nesta semana os supermercados que tinham os melhores preços da Cesta Básica foram:

SÃO PAULO Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
CENTRO Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
NORTE Andorinha Av. Parada Pinto, 2262. V. Amália
LESTE Estrela Azul Pç. Porto Ferreira, 48. A . V. Guilhermina
SUL Barateiro R. Ibirarema, 100. B Saúde
OESTE Castanha Pç. S. Edwiges, 29. V Remédios

Os alimentos semi elaborados, que no primeiro semestre garantiram a estabilidade da Cesta Básica, invertem esta tendência e pressionam diariamente as altas do grupo alimentação. Os preços de alguns alimentos industrializados começam a dar pequenos sinais de reação em função, entre outros fatores, da entressafra e adversidades climáticas, porém de forma mais lenta, não só em função da grande concorrência entre as indústrias para manter sua participação no mercado, como também devido a menor porcentagem de matéria prima na composição de seus produtos. Assim, com exceção do Açúcar, cujas altas nas cotações ocorrem no mercado internacional desde o 2ª semestre de 99, e da Farinha de mandioca, os alimentos industrializados, apresentam queda no ano e variações significativamente inferiores a inflação durante a vigência do Plano Real.
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A seca que vem castigando os pastos desde o segundo semestre do ano passado, provoca intensa redução na oferta interna de Leite e conseqüente aumento de preço, pois grande parte da produção deriva de animais de pasto, e a falta de alimentação adequada afeta intensamente a fertilidade do gado leiteiro. O encarecimento das importações após a desvalorização cambial, verificada em 99, e medidas governamentais anti dumping, em benefício de produtores e indústrias nacionais, também pressionam os preços do leite e seus derivados. Apesar de sermos o 5ª maior produtor mundial, importamos leite da Argentina e Uruguai entre outros. O Leite Longa Vida que acumula, no ano, alta de 46%, vem ganhando mercado, pela comodidade que proporciona ao consumidor. Os supermercados por sua vez destinam maior espaço em suas prateleiras para a venda desde produto, em detrimento do leite pasteurizado, produto de validade reduzida e margem de lucro menor. Já, o Leite em pó integral cotado na Cesta – alimento industrializado, apresenta uma variação modesta, pois acumula no semestre alta de 13,50% e no ano de 12,55%. Em todo o Plano real sua variação foi de 20,63%.