Nos próximos anos o medicamento ajudará pacientes hipertensos
Pacientes hipertensos poderão dispor, nos próximos anos, de um novo medicamento desenvolvido por pesquisadores brasileiros do Centro de Tecnologia Aplicada (CAT) do Instituto Butantan – um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) qualificados pela FAPESP, coordenado por Antonio Carlos Martins de Camargo.
A patente do princípio ativo, batizado com o nome genérico de Evasin (endogenous vasopeptidase inhibitor) foi depositada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e também será depositada nos Estados Unidos, Japão e na União Européia.
Desenvolvido a partir de veneno da jararaca, em parceria com o Consórcio Farmacêutico Nacional (Coinfar) – formado pelos laboratórios Biolab-Sanus, Biosintética e União Química – o Evasin está na fase de testes pré-clínicos e clínicos para desenvolvimento de um fármaco com grande potencial de mercado.
A grande vantagem do Evasin é que ele é um produto natural, com atividade seletiva, não é imunogênico e tem efeito prolongado. Por ser um peptídeo (substância formada por dois ou mais aminoácidos), o Evasin não poderá ser ministrado oralmente sob risco de ser destruído no estômago.
Deverá, portanto, ser fornecido na forma injetável ou em spray. No entanto, não está descartada a possibilidade de os testes clínicos indicarem outra alternativa para uso oral do anti-hipertensivo.