Uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP mostra que mudar de banco gera despesas de forma indireta sobre o cliente, mesmo que a mudança seja incentivada por taxas de juros menores oferecidas em financiamentos. A economista Mariana Oliveira e Silva calculou que a mudança pode custar em média R$ 471,20 para o consumidor.
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Para calcular o total dos gastos, a pesquisa levou em consideração algumas variáveis como depósitos, volume de receitas com tarifas sobre contas correntes, taxas de descontos, número de diretores e funcionários do banco e número de pendências. O custo aproximado da mudança foi calculado a partir dos dados trimestrais sobre pacotes de serviços oferecidos por 57 bancos com carteira comercial entre os anos de 2009 e 2011, reunidos pelo Banco Central (BC), principal fonte das informações analisadas pela pesquisa.
O estudo faz parte de uma dissertação de mestrado orientada pelo professor Cláudio Ribeiro de Lucinda, da Fearp. Mariana explica que os custos indiretos estão associados ao relacionamento que o cliente mantém com o banco. “Quando o cliente muda sua conta de banco ele precisa construir novamente uma relação de confiança”, afirma a economista a respeito de vantagens como uso de limites de crédito sem cobrança de juros por alguns dias, por exemplo. Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada no cheque especial é de 136% ao ano, em média.
Esse custo pode explicar o tempo médio de duração do relacionamento entre cliente e instituição financeira. No Brasil, esse relacionamento vigora por 8,4 anos. De acordo com o estudo, nos bancos menores, o tempo é ainda maior. Isso porque quanto menor o banco, maior o gasto com a mudança de instituição.
Do Portal do Governo do Estado
