Pesquisa do Procon revela estabilidade nas taxas de juros

Taxa média do empréstimo pessoal foi de 5,17% ao mês e do cheque especial, 8,79%

ter, 13/04/2010 - 10h00 | Do Portal do Governo

A pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial do Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, revelou que as duas modalidades mantiveram-se estáveis. É o sexto mês consecutivo que o empréstimo pessoal apresenta a mesma taxa média, e, no caso do cheque especial, o quarto.

A taxa média do empréstimo pessoal nos bancos pesquisados manteve-se em 5,17% ao mês mesmo percentual do mês anterior, em função do arredondamento de casas decimais. A taxa média de março foi de 5,171% ao mês e neste mês foi de 5,168% ao mês.

A estabilidade também foi verificada na taxa média do cheque especial, que se manteve em 8,79% ao mês. Não houve quaisquer alterações em relação às taxas praticadas em março.

O levantamento, feito em 1º de abril, envolveu dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco. Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Neste mês observa-se que os bancos continuam em posição de cautela, aguardando os próximos passos da política monetária. A perspectiva de elevação da taxa básica tem reflexo sobre as taxas futuras, elevando o custo de captação dos bancos e, como consequência, o crédito ao consumidor. Com a tendência de elevação das taxas, o consumidor deve ficar atento. A falta de planejamento, a impulsividade na hora de consumir e a facilidade de contratação levam, muitas vezes, o consumidor a solicitar um empréstimo sem necessidade ou a assumir dívidas além de suas possibilidades. É bom lembrar que o juro real brasileiro continua sendo o maior do mundo.

Na segunda reunião deste ano (ocorrida nos dias 16 e 17 de março), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 8,75% ao ano – taxa que vem se mantendo desde a reunião de julho do ano passado. A decisão já era esperada pela maioria dos integrantes do mercado, no entanto é consenso no Banco Central a necessidade de elevar os juros para conter a inflação e que isso deve ocorrer em abril. Também é consensual a decisão de elevar a taxa na mesma intensidade em que caminhar o cenário inflacionário.

Da Fundação Procon