Pesquisa: Controle da homocisteína pode evitar doença cardíaca

O estudo foi desenvolvido por profissionais da Unifesp com apoio financeiro da Fapesp

ter, 06/02/2001 - 19h18 | Do Portal do Governo

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprovou que níveis elevados de homocisteína, um aminoácido encontrado no sangue, aumentam em até 42% o risco de angina instável, um problema cardíaco que pode se repetir várias vezes. A ligação dessa substância com problemas cardíacos não é novidade, mas até agora não havia pesquisa sobre seus níveis no sangue da população brasileira. O estudo foi coordenado pela bióloga Vânia D’Almeida, que trabalha no Centro de Genética Médica dos Departamentos de Pediatria e Morfologia da Unifesp, e desenvolvido com financiamento da Fapesp.

A boa notícia é que a redução de homocisteína pode ser conseguida com uma alimentação controlada ou, se necessário, com suplementos de vitaminas B6, B12 e ácido fólico.

A origem da pesquisa foi a constatação de que um grande número de crianças atendidas no Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo, da Unifesp, sofriam de uma deficiência que impede o metabolismo da homocisteína. Com o tempo, isso poderia causar problemas oculares, retardo mental e até mesmo acidentes vasculares.

O exame de homocisteína é feito em poucos laboratórios e não deve ser realizado sem indicação médica. A automedicação também não é indicada, pois pode mascarar os sintomas.