Penitenciária de Franco da Rocha: nova cozinha aumenta produção

Após reestruturação, a unidade passou a fornecer alimentos também para o CDP do município

dom, 24/06/2007 - 14h00 | Do Portal do Governo

Durante o período de reforma, a alimentação era fornecida por empresa terceirizada. Hoje a aquisição de gêneros alimentícios – estocáveis, perecíveis e hortifrutigranjeiros – necessários para o preparo da alimentação das duas Unidades Prisionais, no decorrer de um mês – gera economia de recursos públicos que pode chegar a 50% do valor que era gasto na aquisição da alimentação pronta.

Outra vantagem da reforma e ampliação é a oportunidade de proporcionar trabalho remunerado aos presos, o que garante pagamento de R$ 285 e representa ¾ do salário mínimo vigente, a todos os 60 sentenciados que prestam serviços como cozinheiros, padeiros e seus respectivos auxiliares. A diretoria usou critérios específicos para selecionar os reeducandos que trabalham nos dois setores, como qualificação profissional e histórico de trabalhos realizados na unidade.

O auxílio monetário, depositado em forma de “conta pecúlio” para os presos, se soma à vantagem de redução de pena, pois a cada dia trabalhado, um é diminuído no total da condenação, além de poderem amparar suas famílias com o dinheiro que recebem pela atividade. “Buscamos valorizar o trabalho do sentenciado e com isso propiciar um ambiente de trabalho, onde é feita uma comida saudável”, afirma o Diretor Técnico de Departamento Sérgio Zeppelin Filho. “A responsabilidade do preparo das refeições é dos próprios reeducandos, pois são eles que manuseiam os alimentos. Os Agentes Penitenciários apenas monitoram as etapas, o que evita reclamações, pois todos têm pleno conhecimento do que esta sendo servido”, comenta.

Tanto na padaria quanto na cozinha, a higiene e limpeza são observadas com rigor por presos e funcionários. Para isso foram confeccionados uniformes na cor branca, diferenciados dos demais internos. “Isso valoriza os presos e proporciona um ambiente mais saudável”, diz Zeppelin.

Ao todo foram fabricados 120 Uniformes – compostos de gandola, calça, bota e touca – e distribuídos dois conjuntos para cada sentenciado que trabalha em uma das duas turmas de 30 reeducandos por turno. Os uniformes foram feitos através de uma parceria com a oficina de costura do projeto Pintando a Liberdade, instalada no presídio, que forneceu materiais e máquinas para a confecção (o que barateou os custos).

Pintando a Liberdade

O Projeto é uma parceria entre o Governo Federal, através do Ministério dos Esportes e a Secretaria de Esporte Lazer e Turismo do Governo do Estado de São Paulo. Consiste em viabilizar a confecção de materiais esportivos utilizando mão-de-obra carcerária e se destina a projetos sociais junto a Organizações não Governamentais (ONGs).

Instalado na Penitenciária Nilton Silva desde março de 2004, o “Pintando a Liberdade” oferece trabalho remunerado, em média a 220 presos, que fabricam bolas e redes para a prática de futebol de campo, futsal, voleibol, handebol e basquete, além de agasalhos, camisetas e bermudas que são destinados a projetos sociais. Os materiais são fornecidos pelos Governos Federal e Estadual.

Assessoria de Imprensa  da Secretaria de Administração Penitenciária