Penitenciária de Dracena promove parcerias para recompor mata ciliar nativa

Projeto Semear capacitará cerca de 36 reeducandos por ano a cuidar de viveiros

seg, 14/06/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Produzir quase dois milhões de mudas nativas por ano e distribuí-las entre usinas parceiras e agricultores da região de Dracena. Com essa meta ambiciosa, foi lançado no Teatro Municipal da cidade o Projeto Semear, que vai ajudar a recompor a mata ciliar nativa da região.

O projeto, que tem parceria do Instituto Brasileiro de Florestas (IBFlorestas), é resultado da união de esforços da Penitenciária de Dracena, de juízes das Varas de Execuções Penais locais, Promotoria de Justiça, Prefeitura e Câmara Municipal de Dracena, das usinas Dracena (Ypê, Alta Paulista, Caeté, Santa Mercedes e Rio Vermelho). Trabalhando em conjunto, essas instituições criaram em apenas sete meses um projeto de qualificação dos sentenciados do regime semiaberto da penitenciária, capacitando-os como trabalhadores habilitados a cuidar de viveiros.

O IBFlorestas será responsável pela capacitação de pelo menos 36 reeducandos por ano (seis a cada dois meses), fornecendo todo suporte técnico e  material, com aulas teóricas e práticas. Ao final da capacitação, eles receberão o certificado de viveirista. Além do conhecimento adquirido, os presos participantes do projeto ainda terão remição de pena – a cada três dias de trabalho, um dia será diminuído do tempo de sentença – de acordo com a Lei de Execuções Penais.

O treinamento será fornecido no viveiro montado na área externa da Penitenciária de Dracena. Quando as mudas estiverem em determinado estágio de crescimento, serão transportadas para o viveiro municipal e de lá distribuídas. A estimativa é que, das cerca de 1,7 milhão de mudas, 1,4 milhão sejam entregues às usinas parceiras – o restante será distribuído para agricultores da região e outras pessoas que tiverem interesse.

De acordo com o diretor da unidade, Nestor Pereira Colete Júnior, o Semear almeja melhorar “as condições do meio ambiente e retornar o sentenciado para sociedade de uma forma pacífica, digna e honrosa”, diz.

Da Secretaria da Administração Penitenciária