Desfile cívico-militar, em frente ao Obeslico, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O governador assiste à solenidade dos 75 anos da Revolução de 32 ao lado dos secretários Luiz Antonio Guimarães Marrey (Justiça) e Ronaldo Marzagão (Segurança), no Ibirapuera, em São Paulo.
O governador José Serra entrega a Medalha Constitucionalista ao secretário de Segurança, Ronaldo Marzagão, no Ibirapuera, em São Paulo.
O governador José Serra participa do lançamento do selo personalizado e do carimbo comemorativo dos 75 anos da Revolução, no Ibirapuera, em São Paulo.
Solenidade de entrega dos restos mortais de sete ex-combatentes no Obelisco, em São Paulo.
Atualizada às 17h05
O governador José Serra participou nesta manhã da cerimônia de comemoração dos 75 anos da Revolução de 32. No dia 9 de julho daquele ano, um movimento armado ganhou as ruas da Capital e do interior do Estado contra o governo de Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e por uma nova Constituição. Ao chegar, Serra foi recebido pelo secretário de Segurança, Ronaldo Marzagão.
No evento, realizado em frente ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 32, o famoso Obelisco, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, foram recepcionados pela Polícia Militar veteranos da Revolução e autoridades políticas como o prefeito Gilberto Kassab e o líder da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima.
Na seqüência da solenidade, houve a tradicional troca de comando no Exército Constitucionalista. Egberto Maia Luz passou o capacete verde para o ex-soldado Oswaldo Viana, que completou 98 anos em 23 de junho passado. Ao fazer a leitura da Ordem do Dia a milhares de paulistas, Viana afirmou: “assumo com muita honra o comando do Exército, esse posto tão almejado por nós”.
O ex-soldado se disse muito feliz por ter sido o escolhido. “Jamais podia esperar uma manifestação desse jeito. Até os generais vieram me cumprimentar”! Para filha de Viana, Orivalda Argentina Viana, que o acompanhou na cerimônia, “a Revolução Constitucionalista é um marco que deve ser relembrado eternamente pela sua importância.”
Obelisco
Tendo como pano de fundo a leitura do poema, “Oração ante a última trincheira”, de Guilherme de Almeida, oficiais da Polícia Militar carregaram sete urnas cobertas com a bandeira de São Paulo em direção ao mausoléu, que foram depositadas na cripta onde já estão os restos mortais de outros 733 ex-combatentes.
Em seguida, foram colocadas coroas de flores no Monumento ao Herói Jacente, escultura que guarda o túmulo dos estudantes Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo (o MMDC, cujas iniciais dão nome ao movimento), além de Paulo Virgínio. A cerimônia foi acompanhada pelo prefeito Gilberto Kassab, secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, e o líder da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima.
Medalha Constitucionalista
Ao som da banda regimental da Polícia Militar, José Serra recebeu continência do comandante-geral da PM, Roberto Antonio Diniz. Na ocasião, o diretor da regional de São Paulo dos Correios, Marcos Vieira da Silva, anunciou o lançamento do selo personalizado e do carimbo comemorativo dos 75 anos da Revolução.
Como de praxe, após declamação do Hino Nacional, o governador entregou a 40 autoridades civis e militares a Medalha Constitucionalista, entre eles o prefeito Kassab e Vaz de Lima. Serra já possui uma medalha da Sociedade dos Veteranos de 32 (MMDC), que lhe foi entregue quando era prefeito de São Paulo. A medalha é concedida como reconhecimento do compromisso com os ideais democráticos defendidos pelo Movimento Constitucionalista.
Ex- combatentes
Celebrar o aniversário da Revolução é muito importante para a família de Arsênio Guilherme. Ao descobrir recentemente que os restos mortais do irmão estavam no Obelisco, Aparecida Guilherme não deixa de participar da solenidade. “Minha sobrinha encontrou uma lápide com o nome do meu irmão quando fazia um trabalho escolar. Ficamos emocionadas”, disse Aparecida, que desfilou no jipe dos ex-combatentes.
O filho do soldado de número 132, Paulino Delfino Nogueira, estava feliz por levar os bisnetos do pai ao Ibirapuera neste feriado. “Consegui trazer quatro filhos meus, e dois do meu irmão”, disse Antonio Martins Nogueira. “Os 75 anos da Revolução representam um jubileu, importante para minha família, para meus filhos e para os paulistas”, completou.
A Polícia Militar estimou que cerca de duas mil pessoas estiveram na cerimônia de aniversário do movimento.
O fim da solenidade foi marcado pelo tradicional desfile cívico-militar, com mais de uma hora de duração, sob uma chuva de papel nas cores da bandeira paulista, branco, vermelho e preto.
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