As dicas culturais do Metrô para essa semana passam pela Pinacoteca do Estado, Centro Cultural São Paulo, Memorial da América Latina, Itaú Cultural e Centro Cultural Banco do Brasil. Também sugerimos duas peças infantis.
Embora a face mais talentosa do pintor italiano Fulvio Pennacchi seja encontrada nos afrescos preservados em prédios públicos, residências e igrejas, esta mostra cobre com amplitude as suas demais vocações. Pennacchi (1905-1992) chegou à cidade aos 24 anos e uma década depois integrou-se ao Grupo Santa Helena, formado em sua maioria por pintores de origem humilde e sem instrução formal. Exceção, o artista tinha um diploma em belas-artes e o domínio da técnica de pintura mural, que o levou a ornamentar as casas de ricos industriais compatriotas. Entre os 300 trabalhos da retrospectiva constam muitos estudos de tais projetos, além de óleos sobre tela, desenhos, cerâmicas e cartazes publicitários, estes um recurso de sobrevivência para Pennacchi. Na Pinacoteca do Estado, que fica na praça da Luz, 2, próxima à estação Luz. De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingressos a R$ 4,00. Grátis aos sábados. Até 25 de junho. Fone: 3229-9844
Antes de seguir para a Alemanha, a coletiva “Água Corrente”, inaugurada na França no ano passado, apresenta por aqui a seleção de desenhos, fotografias, pinturas, gravuras, instalações e objetos de 27 artistas, entre brasileiros e franceses. O ponto de partida para os trabalhos de Ana Michaelis e Marcelo Salum, por exemplo, é a linha filosófica conhecida como ecosofia, que enfoca o homem e sua relação com o meio ambiente. No Centro Cultural São Paulo, que fica na rua Vergueiro, 1000, próximo à estação Vergueiro. De terça a sexta, 10h às 20h; sábado, 10h às 18h; domingo, 10h às 16h. Grátis. Até 18 de junho. Fone: 3383-3400.
Os 44 nanquins sobre papel da artista gaúcha Regina Silveira, radicada na cidade de São Paulo, foram doados por ela no ano passado à Pinacoteca Municipal. Agora expostos, os trabalhos dão conta dos procedimentos para duas vertentes básicas da produção batizada de “Anamorfas”: a fotografia e os desenhos distorcidos. Completa a mostra uma seleção de 16 gravuras. Também no Centro Cultural São Paulo, que fica na rua Vergueiro, 1000, próximo à estação Vergueiro. De terça a sexta, 10h às 20h; sábado, 10h às 18h; domingo, 10h às 16h. Grátis. Até 27 de agosto. Fone: 3383-3400
As esculturas do artista Gilmar Pinna são bustos de personalidades feitos de aço-carbono e ferro soldados, medem de 5 a 8 metros de altura e pesam até 30 toneladas. Gigantes, as peças que representam Gandhi, Jesus, Papa João Paulo II ou Roberto Marinho, são vazadas e podem ser visitadas por dentro. Memorial da América Latina, que fica na avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, acesso pelos portões 4 (estacionamento), 5 e 6, próximo à estação Palmeiras-Barra Funda. De terça a sexta, 9h às 20h; domingo, 9h às 18h. Grátis. Até 6 de junho. Fone: 3823-4600
O Itaú Cultural apresenta “Paradoxos Brasil”. A seleção de 143 trabalhos de 78 artistas é o resultado da edição do projeto “Rumos de Artes Visuais”, realizada do ano passado. De caráter nacional, a mostra contemporânea, organizada pela crítica Aracy Amaral, contempla todas as linguagens artísticas, das fotografias performáticas do irreverente cearense Yuri Firmeza ao vídeo de espírito contestador do paulistano Eduardo Srur. No sábado, 27 de maio, e no domingo, 28 de maio, sempre às 19h30, as bailarinas Michelle Moura e Maria Acselrad realizam performances gratuitas e inspiradas na arte atual. O Itaú Cultural fica na avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro. Sexta, das 10h às 21h; sábado e domingo (último dia), 10h às 19h. Grátis. Fone: 2168-1776
Quando se fala nas culturas pré-colombianas, o mais comum é lembrar-se dos astecas, dos maias e dos incas. A exposição “Por Ti América” atesta que o continente americano de até 18.mil anos contou com muito mais que aquelas três ricas civilizações. Um lote de 250 peças originárias de sete países, como Brasil, Argentina, Guatemala e México, representa nada menos que 52 povos – boa parte deles desconhecida para muitos, a exemplo do tairona, que habitava regiões da Colômbia, do mapuche (Chile) e do chavin (Peru). São cerâmicas, jóias, objetos de rituais e outras relíquias de 2 500 a.C. ao século XVI, algumas de curiosa mescla, caso da túnica peruana com desenhos de lhamas feita de penas coloridas. No Centro Cultural Banco do Brasil, que fica na rua Álvares Penteado, 112, próximo à estação Sé. De terça a domingo, das 10h às 21h. Grátis. Até 16 de julho. Fone: 3113-3651.
Para a criançada, uma das atrações é a peça “Teresinha e Gabriela – Uma na Rua e a Outra na Janela”, adaptação de Evill Rebouças. Inspirada num conto de Ruth Rocha, a peça apresenta duas meninas que nunca se viram e sempre se odiaram. Teresinha (Yael Pecarovith) é loira, estudiosa, gosta de bonecas, veste-se de rosa e adora seu gatinho; a morena Gabriela (Lilih Curi) é moleca, leva bronca na escola, joga futebol e ama seu cão. Está pronta a base para uma lição prática de tolerância e respeito às diferenças, apresentada pelo versátil ator Marcelo Galdino, que narra, canta, manipula bonecos e segura a atenção da platéia. Direção de Wilma de Souza (55min). Recomendado para crianças a partir de 3 anos. No Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio Salles Gomes (110 lugares), que fica na rua Vergueiro, 1000, próximo à estação Vergueiro. Sábado e domingo, 16h. R$ 6,00. Até 25 de junho. Fone: 3383-3400.
A outra peça é “Cantando Estórias com Celelê e Relalá, de Celise Melo e Regiane Toledo. As duas tocam violão e cantam treze singelos temas, trocando seus coloridos figurinos conforme as letras das canções. A platéia, sobretudo os mais novinhos, canta junto, dança, se envolve e se diverte com as meninas. Direção de Babalu (70min). Recomendado para crianças a partir de 2 anos. No Teatro do Ator (100 lugares), que fica na praça Franklin Roosevelt, 172, próximo à estação República. Domingo, 16h. R$ 15,00. Fone: 3257-2264.
Da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
