Participação de homens na campanha contra rubéola é minoria

No ano passado, foram registrados no Estado 1.659 casos de rubéola, dos quais 68% em homens

ter, 26/08/2008 - 10h06 | Do Portal do Governo

Comprovando a impressão de que os homens têm medo de agulha, o balanço da Secretaria da Saúde realizado até o dia 15 mostrou que eles têm aderido menos à Campanha de Vacinação contra Rubéola, mesmo sendo as maiores vítimas da doença no ano passado. Na primeira semana de vacinação, 30,12% dos homens de 20 a 39 anos foram imunizados, enquanto nas mulheres da mesma idade o índice foi de 36,94%.

Na comparação da faixa etária que mais se vacina a população de 20 a 29 anos, as mulheres disparam na frente com 39,99% de cobertura, ante 30,36% dos homens. Entre o sexo feminino, as mais jovens foram as que mais buscaram os postos de vacinação.

No ano passado, foram registrados no Estado 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão da pasta. Foi o número mais alto da doença desde 2000, quando 2.566 pessoas contraíram a doença. Em 2006 foram 66 ocorrências. A incidência maior da doença entre homens é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos masculinos em 2007. Os homens de 30 a 39 anos responderam por 28,6% dos registros. Nas mulheres a incidência é similar dos 20 aos 39 anos, público-alvo da campanha.

Sintomas – Desde 2000, a vacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre quatro e seis anos de idade. A secretaria indica também a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior. A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus e transmitida por secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente ao tossir, respirar ou falar.

Os principais sintomas são febre baixa, manchas no corpo, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse. Normalmente a rubéola é uma doença benigna. Quando ocorre, porém, durante a gestação há risco de contrair a síndrome da rubéola congênita, que pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto espontâneo, morte fetal e malformações congênitas, como surdez, glaucoma, catarata e diabetes.

Da Secretaria da Saúde

(M.C.)