Parque Villa-Lobos é exemplo de recuperação ambiental

Investimentos na conservação e infraestrutura revolucionaram a área que na década de 80 era um grande lixão clandestino

seg, 21/06/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Países como Inglaterra, Japão e China têm exemplos de áreas degradadas em suas cidades que foram recuperadas e tornaram-se locais de lazer para os cidadãos. Muitas pessoas não sabem que a cidade de São Paulo também tem um exemplo de recuperação ambiental: o parque Villa-Lobos.

Entulho, resíduos da construção civil, restos de lixo da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (CEAGESP) e 80 famílias vivendo precariamente faziam parte da paisagem da área de 732 mil m² onde hoje está o parque. O processo de implantação resultou na remoção de 500 mil m³ e movimentação de 2 milhões de m³ de entulho e terra para acerto das elevações existentes. Em 2004 o parque foi transferido para a responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente (SMA).

Sob os cuidados da SMA o parque Villa-Lobos encontrou sua verdadeira vocação ambiental. A partir de 2007 houve uma revolução na área que, por tantos anos, foi tão difícil de recuperar. “Quem vê o parque hoje não acredita que isso antes era cheio de entulho e sujeira. Eles não sabem que, por causa desse histórico, é muito mais difícil fazer com que uma árvore cresça aqui do que em outros locais”, conta o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano. Este ano o projeto paisagístico do parque foi finalizado com o plantio de 8.400 mudas. O Villa-Lobos agora conta com 33 mil árvores entre elas espécies de pau-brasil, jatobá, jerivá e ipê-amarelo.

Educação Ambiental

O meio ambiente se tornou o foco central do parque com a realização de diversas obras e atividades que ajudam a conscientizar os visitantes e coloca-los em contato com a natureza. Em 2009, foi inaugurado o espaço de educação ambiental Villa Ambiental, do projeto Criança Ecológica, que leva de maneira divertida e interativa a educação ambiental para crianças do Ensino Fundamental I. Além disso, foram criados o “Vai pela sombra”, caminhos de pedrisco que passam por dentro de bosques do parque, e o “Circuito das Árvores”, plataforma elevada que leva o visitante por um passeio próximo às copas das árvores. Esse ano foi inaugurado o Ouvillas, área do parque onde as pessoas podem sentar e relaxar em taludes, bancos e espreguiçadeiras ao som das obras do compositor e maestro Heitor Villa-Lobos.

As novidades não param. O Orquidário Ruth Cardoso e o Centro de Referência em Educação Ambiental (CEREA) são as principais. O Orquidário possuirá um espaço de 523 m², com um belíssimo espelho d’água em volta e será a nova sede das oficinas de orquídeas, além de oferecer informações para os visitantes sobre a planta. O CEREA terá um anfiteatro para palestras e congressos, além de salas para reuniões e exposições. O ambiente de 3.150 m² contará com livros, revistas e DVDs sobre o tema meio ambiente e estará aberto ao público geral para realizar pesquisas e visitas. A finalização das obras está prevista para o fim de 2010.

Infraestrutura

A estrutura do parque também passou por muitas melhorias. Após funcionar por anos em local temporário, a sede administrativa do Villa-Lobos foi finalizada. Com 770 m², a administração possui depósito, oficina, cozinha, refeitório e vestiário para funcionários do parque. Também foi concluída a nova sede para a 1ª Cia. do 23º Batalhão da Polícia Militar, com sala de atendimento, minianfiteatro, cozinha e vestiário. Os brinquedos do parquinho passaram por reformas, assim como todos os quiosques. Além disso, o parque também irá contar com uma nova sinalização e identidade visual.

Da Secretaria do Meio Ambiente