Parque Estadual Serra do Mar ajuda a contar a história de São Paulo

No aniversário da cidade, visitantes da unidade de conservação poderão refazer caminho percorrido pelos ancestrais da metrópole

qua, 22/01/2020 - 20h38 | Do Portal do Governo
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No próximo sábado (25), dia em que a cidade de São Paulo completa 466 anos de fundação, o Caminhos do Mar, da Fundação Florestal, ajudará a contar a história da metrópole. Os visitantes do Parque Estadual Serra do Mar poderão participar de atividades de recreação, educação ambiental e ecoturismo no trecho de serra que compõe a Estrada Velha de Santos.

A primeira trilha que os jesuítas abriram para ligar a então Vila de Piratininga ao litoral é datada de 1560. O caminho era usado para o transporte do ouro até o Porto de Santos. O trajeto foi o embrião da Calçada do Lorena, pavimentada em 1792 para dinamizar o comércio e escoar a produção.

Riqueza natural e histórica

Em 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, foi construído um conjunto de oito monumentos históricos. As obras foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) na década de 1970 e, graças à grande riqueza natural e histórica, a área foi declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

A unidade de conservação, além das riquezas ambientais, preserva no espaço um pouco da história da maior metrópole brasileira. O passeio dura em média cinco horas, incluindo tempo para a contemplação. O nível de dificuldade é médio.

Os visitantes devem levar na mochila: água, lanche, repelente, protetor solar, toalha, máquina fotográfica, binóculo e outros materiais pessoais estritamente necessários. É importante vestimenta adequada, com calça e camiseta, usar tênis ou bota antiderrapante, além de óculos e boné.

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Passeio autoguiado

A Fundação Florestal tem duas novidades para os interessados em fazer o passeio no Caminhos do Mar. A partir de 2 de fevereiro, as visitas aos sábados, domingos e feriados serão autoguiadas e contarão com o apoio de monitores ambientais nos oito monumentos históricos.

De quarta a sexta-feira, o passeio continua com o acompanhamento de monitores. A outra novidade é que, a partir de agora, o agendamento só poderá ser feito pela internet.

Atrações

Calçada do Lorena: Construída por rochas escolhidas e trabalhadas à mão, no fim do século XVIII, foi a primeira ligação pavimentada entre São Paulo e o litoral do Estado. Era utilizada principalmente para o transporte de produtos, mas também fez parte da história de todo o País.  Em setembro de 1822, Dom Pedro I subiu a calçada do Lorena, no sentido São Paulo, para proclamar a independência do Brasil.

Rancho da maioridade: Ponto de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos, seu nome é alusivo à Estrada da Maioridade, construída entre 1841 e 1846. Um painel de azulejos ilustra a subida da Serra por figuras políticas ilustres do século XIX, como Dom Pedro II.

Pouso Paranapiacaba: Em tupi, Paranapiacaba significa “local de onde se vê o mar”. Construção em alvenaria feita de rochas escolhidas, tijolos e elementos de granito lavrado, o local avarandado integra-se completamente à paisagem.  Era um antigo ponto de parada de carros durante a viagem entre Santos e São Paulo e, como homenagem à era automobilística, possui painel de azulejos pintados retratando o mapa do Estado e as estradas existentes à época.

Casa de Visitas do Alto da Serra: Construída em 1926, era usada para hospedar visitantes que conheciam as obras do Alto da Serra e da Usina de Cubatão. Atualmente, a casa é um centro de apoio ao visitante e abriga exposição permanente sobre a Usina Henry Borden.