Parceria: Hospital Emílio Ribas busca parceiros para preservação de patrimônio histórico

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seg, 05/03/2001 - 16h23 | Do Portal do Governo

Fundado há 120 anos o antigo Hospital de Isolamento de São Paulo, hoje Instituto de Infectologia Emílio Ribas procura parceiras para preservar parte da história da medicina brasileira. A Casa Rosada, antigo pavilhão Classe, local, onde os barões do café se internavam para tratar varíola está sendo destruído por cupins e ação do tempo. A Casa faz parte dos dez pavilhões de isolamento existentes no século retrasado, dos quais apenas dois ainda resistem ao ‘esmagamento’ urbano pelo qual a fazenda onde o hospital foi construído sofreu. Nascido a partir da junção de doações do Estado e da população o Hospital Emílio Ribas é considerado hoje o maior centro para diagnóstico e tratamento de moléstias infecciosas do país.

Leishmaniose, Hepatites, Difteria, Calazar, Meningites e recentemente AIDS são as principais doenças atendidas pelo Instituto. Desde o inicio da epidemia de AIDS o Emílio Ribas já atendeu cerca de 33.000 soropositivos.

O Instituto realiza hoje cerca de 200 pesquisas científicas em parasitologia e doenças infecciosas, e por seu ambulatório passam cerca de 200 pacientes/dia.
Toda a documentação histórica do Hospital foi encontrada quando ia para o lixo, já que a má preservação fez com que os insetos roessem a maior parte deles. A varanda, e o teto do saguão interno da Casa Rosada também foram destruídos e móveis ingleses do século XIX estão amontoados.

Boa parte da obra de restauro já foi concluída graças ao esforço do Infectologista Guido Carlos Levi diretor do hospital e da Dr.a Marinella Della Negra presidente do Centro de Estudos Emílio Ribas, órgão que há três anos se encarregou das obras. Na fase inicial a industria farmacêutica contribuiu para que as obras chegassem ao fim, e o Centro de Estudos repassou parte de sua verba para auxiliar a conclusão. No entanto, para que o processo de restauro seja concluído ainda faltam R$ 300 mil.

Quando estiver pronta a Casa Rosada se transformará no Memorial Emílio Ribas, local onde os móveis, livros, louças fotografias e equipamentos médicos com mais de 120 anos ficarão expostos à visitação.