Parceria entre SP e Canadá promove curso sobre Justiça Restaurativa

No Canadá todas as prisões se utilizam da metodologia da Justiça Restaurativa

ter, 08/12/2015 - 14h45 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado de São Paulo em parceria com o Consulado do Canadá realiza nesta quarta-feira (9), até o dia 11 de dezembro, um curso de capacitação para interessados no método da Justiça Restaurativa. A abertura do evento aconteceu no auditório da Procuradoria Geral do Estado nesta segunda-feira (7).

“Estamos confiantes que esse será um espaço essencial para o início de uma nova perspectiva de solução de conflitos, uma perspectiva mais criativa e de aproximação”, afirmou assessora de cooperação da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI) do governo paulista, Danielle do Prado.

De acordo com Cintra Carvalho, que é juiz da infância e juventude, a Justiça Restaurativa precisa ser implementada e faz parte das metas do Poder Judiciário. “O poder judiciário não resolve conflitos, ele decide conflitos”, afirmou o juiz. “Composição de conflitos é quando as partes entendem que aquela postura não é adequada”, concluiu.

JJ Beauchamp e Mary Hicks, palestrantes canadenses do curso, falaram sobre a experiência de mais de 40 anos na Justiça Restaurativa e responderam dúvidas dos presentes.

Nesta terça-feira (08), os palestrantes, representantes da AEAI, do Consulado do Canadá e do Tribunal de Justiça farão visitas técnicas ao presídio feminino da capital e uma unidade da Fundação Casa.

Sobre Justiça Restaurativa
A Justiça Restaurativa não estabelece prisão como forma de punição aos infratores. Por definição, a Justiça Restaurativa tem por objetivo discutir o crime cometido e envolver os afetados direta ou indiretamente por ele. “Quando um crime é praticado, não só a vítima, mas também seus familiares e a própria sociedade são atingidos”, afirma Danielle do Prado.

No Canadá todas as prisões se utilizam da metodologia da Justiça Restaurativa. Segundo informações do Consulado do Canadá em São Paulo, o índice de reincidência de crimes que se utilizam do método no país é de 5%.

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