A Sabesp iniciou, na semana passada, série de palestras, cujo objetivo é divulgar projetos ecológicos, esportivos e artísticos com foco na responsabilidade ecossocial. Chamadas de Audiências de Sustentabilidade, as apresentações são direcionadas aos possíveis patrocinadores.
Duas ações relacionadas ao Rio Tietê, uma de lazer esportivo e outra de educação ambiental, foram tema da primeira edição. O Projeto Navega São Paulo, que abrange o ensino de esportes náuticos a estudantes da rede pública, foi apresentado pelo gestor do Conselho do seu Instituto, João Quimio Nojiri. O artista plástico Eduardo Srur, responsável por intervenção artística no Rio Pinheiros em 2006, fez palestra sobre sua nova iniciativa, que tem proposta de conscientização, o Artes Pública Pets.
Na abertura do evento, o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, disse que a empresa está muito engajada na questão ambiental e, conseqüentemente, recebe várias propostas de projetos para apoio. Informou que essas audiências serão fundamentais para aperfeiçoar o conhecimento dos conceitos de cada projeto e dar o devido apoio aos que mais bem traduzirem os anseios da sociedade e das instituições.
Em pauta – Ao discorrer sobre o Navega, Nojiri destacou a possibilidade de transformar o Tietê numa opção de transporte, lazer e cultura para o paulistano. Lembrou que as ações junto ao rio devem ser permanentes e promover o conhecimento. Segundo ele, houve num primeiro momento a idéia de realizar um projeto de incentivo à navegação nas margens do Rio Tietê. “Hoje, o conceito mudou. Queremos fazer programas de educação ambiental, de conscientização e de impacto, com programas artísticos, para criar uma plataforma de acesso à sociedade e provocar mudanças”, explicou.
Eduardo Srur fez do Pinheiros, no ano passado, palco para 100 caiaques e 150 bonecos, a fim de reconstituir uma situação comum na década de 40: a prática de regatas no rio. Agora, com o Pets, quer dar continuidade à primeira proposta. “O projeto é prolongamento dos caiaques, com a instalação de 20 a 25 pets gigantes no Tietê, que vão ocupar o talude de concreto das margens do rio, entre as pontes do Limão e da Casa Verde”, disse. Segundo ele, o intuito é conscientizar as pessoas de que o lixo doméstico do dia-a-dia, ao ser jogado nas ruas, vai para as águas do Rio Tietê.
Simone de Marco
Da Agência Imprensa Oficial
