Pacientes com diabetes e hanseníase recebem calçados especiais no HC

Em lojas especializadas, os sapatos chegam a custar R$ 500

qua, 14/03/2007 - 11h20 | Do Portal do Governo

As pessoas que sofrem de hanseníase ou diabetes precisam, em muitos casos, utilizar palmilhas ou sapatos especiais. Em lojas especializadas, esses calçados adaptados chegam a custar até R$ 500. O alto custo muitas vezes dificulta o tratamento dos pacientes, principalmente quando se trata de pessoas com mais dificuldades financeiras.

Por isso, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP mantém em plena atividade, desde 2005, uma oficina de produção de palmilhas e sapatos direcionados para portadores de hanseníase e diabetes.

A oficina funciona em uma sala do hospital e conta com uma estrutura diferenciada – além do corpo médico que faz a triagem, identificando a necessidade e as especificidades dos pacientes, há técnicos que trabalham essencialmente na construção dos sapatos especiais.

“No início dos trabalhos, o Ministério da Saúde deu recursos e capacitou os funcionários para a realização do programa”, explica a professora Norma Tiraboschi Foss, coordenadora da oficina ortopédica. Com esse sistema a oficina começou a produzir os calçados em 2005 e, a partir do ano passado, atuou de maneira autônoma ao Ministério, com recursos do HCFMRP.

Em 2006, foram feitas pela oficina cerca 850 palmilhas especiais e 40 sandálias – ou seja, aproximadamente 900 pessoas foram assistidas pelo programa. A expectativa para 2007 é ampliar o atendimento, com a obtenção de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neuropatia

A necessidade dos portadores de hanseníase e diabetes de usarem calçados ou palmilhas especiais se deve pelo fato de, em muitos casos, esses pacientes desenvolvam uma neuropatia específica – um comprometimento ou lesão no nervo que chega até os pés.

“Quando a pessoa sofre desse problema, ela acaba não sentindo pequenas lesões que possam estar ocorrendo nos seus pés”, afirma Norma Foss. Por isso, segundo a médica, é necessária a prevenção. Os especialistas do HCFMRP avaliam os movimentos de todos os pacientes que precisem desse apoio e, de acordo com essa análise, definem os pontos nos quais é necessário um maior amortecimento dos impactos do caminhar.

Do site da USP

 

(AM)