Osesp inicia na Espanha a turnê mais importante de sua história

Turnê conta com os solistas convidados os pianistas Nelson Freire e Deszö Ranki

sex, 09/03/2007 - 20h45 | Do Portal do Governo

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) iniciou na terça-feira (6), em Barcelona, na Espanha, a turnê mais importante de sua história. No Palau de la Música Catalana, a mais destacada orquestra da América Latina realizou o primeiro dos 16 concertos programados para apresentação no continente europeu, em oito países diferentes. A excursão prossegue até o dia 29.

O pianista Nelson Freire foi o solista convidado na noite de estréia e repetirá a atuação em mais oito apresentações. Nas restantes, o posto será do pianista húngaro Deszö Ranki, também convidado do grupo. A regência de todos os espetáculos ficará a cargo do maestro John Neschling, que celebra, com a excursão, dez anos como diretor artístico da orquestra.

Além da Espanha, haverá espetáculos em Portugal, Suíça, Alemanha, Hungria, Polônia, Áustria e França, em algumas das principais salas de concerto do mundo.

Haverá mais duas apresentações em cidades espanholas: Zaragoza e Madri. De lá, os músicos partem para Lisboa (Portugal). Na Suíça, fazem seis apresentações, em Genebra, Berna, Montreux, Zurique, Basel e St. Gallen. A excursão passa ainda por Nuremberg e Colônia (Alemanha), Budapeste (Hungria), Varsóvia (Polônia) e termina em Paris, na França, no famoso Théatre du Châtelet, com Freire, que reside na cidade, como solista.Compositores americanos – Os programas escolhidos para a turnê incluem obras executadas pela orquestra na Sala São Paulo no mês passado e abrangem a produção de compositores das Américas, como os brasileiros Heitor Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, o mexicano Silvestre Revueltas e o argentino Alberto Ginastera. Além disso, tocará obras fundamentais de Rachmaninoff, Debussy, Respighi, Bartók e Tchaikovsky.

Viagens internacionais têm sido cada vez mais freqüentes para a orquestra brasileira. A sinfônica fez uma visita anterior à Europa, em 2003, com sete concertos em cidades da Alemanha e da Suíça. Mas a viagem atual é um momento especial, por causa da representatividade dos países e das salas visitadas, como a Grosser Sal, do Musikverein, em Viena, na Áustria. A sala em que o grupo se apresenta no dia 20 possui uma das melhores acústicas do mundo e é sede de uma das maiores orquestras em excelência, a Filarmônica de Viena.

A Osesp excursionou também pela América do Sul, em 2005, e duas vezes pelos Estados Unidos, em 2002 e 2006.

Da Agência Imprensa Oficial

Solistas são músicos destacados

• Nelson Freire – Nascido em 1944, na cidade de Boa Esperança (MG), iniciou os estudos de piano aos três anos e estreou em público aos cinco. Em 1957, venceu o Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro e recebeu uma bolsa que lhe permitiu estudar em Viena, na Áustria. É convidado regular de destacadas orquestras, como as Filarmônicas de Berlim, Munique e Israel, as Sinfônicas de Viena e Londres, a Royal Philharmonic e a Orquestra Nacional de França, entre outras. Em 1999, Nelson assinalou o 150o aniversário da morte de Chopin com uma interpretação do Concerto para Piano no 2, em Varsóvia. Em 2001, presidiu o júri do Concurso Marguerite Long, em Paris. Foi também solista da Orquestra do Tonhalle de Zurique, da Sinfônica da NHK de Tóquio e da Orquestra Giuseppe Verdi, de Milão. Gravou para a Sony/CBS, Teldec, DGG, Ipam e London. Em 1999, a Philips lançou CD com as suas mais célebres interpretações, na coleção “Grandes Pianistas do Século XX”. A sua gravação dos 24 Prelúdios de Chopin, para a CBS, recebeu o Prêmio Edison. O músico foi nomeado Solista do Ano 2002 no prêmio Victoires de la Musique.

• Deszö Ranki – Nascido em Budapeste (Hungria), em 1951, Ranki é professor da Academia Ferenc Liszt desde os 22 anos de idade. Quatro anos antes, havia vencido a Zwickau Chucham Competition e em seguida iniciou longa série de recitais pela Europa, que depois se estendeu às Américas e Japão. Já se apresentou como solista diante das Filarmônicas de Londres e Berlim, da Concertgebouw, Orquestra Nacional de Paris e Tokyo NHK – e sob a batuta de maestros como Zubin Mehta e Lorin Maazel. A base de seu repertório inclui Bartók e Schubert, além de música contemporânea. Ao lado de Edit Klukon, realiza entre 10 e 15 concertos anuais direcionados ao repertório pianístico para quatro mãos.

Orquestra faz mais de 130 apresentações anuais

Fundada pelo maestro Souza Lima em 1954 e comandada durante 24 anos por Eleazar de Carvalho, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) é dirigida desde 1997 por John Neschling. Atualmente, realiza mais de 130 apresentações anuais em sua temporada de concertos, mesclando grandes obras da literatura musical internacional, primeiras audições mundiais e compositores brasileiros.

Além da produção artística reconhecida por crítica e público – que abrange turnês nacionais e internacionais, gravações e séries de câmara – a Osesp tem ainda um Centro de Documentação Musical, Serviço de Assinaturas, Coordenadoria de Programas Educacionais, Serviço de Voluntários, Editora de Partituras Criadores do Brasil e Academia.

Instituída em junho de 2005, a Fundação Osesp administra a orquestra, a Sala São Paulo e, conseqüentemente, as relações de trabalho de mais de 220 pessoas – entre músicos, administração e técnicos. Isso permite maior agilidade administrativa, ampliação de parcerias e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos.

(R.A.)