A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da cidade de São Paulo faz desde 1998 diagnósticos da implantação do Rodoanel na região metropolitana. Segundo estimativas da gerência de planejamento (GPL) da empresa, os números são animadores em diversos quadros possíveis.
Tome-se, por exemplo, a variação volumétrica de veículos a trafegar por importantes eixos viários da Capital. No horário de pico da manhã, com a implantação dos trechos Sul e Oeste do Rodoanel, a Marginal do Rio Pinheiros teria uma redução de 2,5% no número de automóveis em trânsito. O saldo é muito mais positivo quando se trata dos caminhões: a redução é de 42,6%.
Daniel Cassetari, diretor da GPL da CET, explica que a implantação de novos trechos sempre acaba por estimular, de uma forma ou de outra, os motoristas a mudarem suas rotas. “Criam-se novos desejos”, resume. É isso que explica o fato da conclusão do trecho sul elevar em 14,3% o número de automóveis na Avenida dos Bandeirantes, por exemplo. Mas, em contrapartida, o acréscimo não terá grandes conseqüências, afinal a pista contará com 58,8% de caminhões a menos.
A CET também traçou um cenário do trânsito na cidade para quando as obras do Rodoanel estiverem totalmente concluídas. Os técnicos prevêem uma redução de 1,1% no número de automóveis que circulam pela Marginal do Rio Tietê, ao passo que o número de caminhões deve ser diminuído em 39,7%.
Os números naturalmente desencadearão o aumento da velocidade nas estradas. Nas vias do município de São Paulo, a inauguração dos trechos Sul e Oeste deve trazer um ganho de 3% na velocidade média dos veículos. Com o Rodoanel completo, o índice sobe para 7%, apontam estimativas da CET.
O mesmo saldo se registra nas vias da região metropolitana da cidade. A velocidade sobe para 13% com a inauguração dos trechos sul e oeste e 20% com o Rodoanel completo. O melhor ganho é obtido na Marginal Tietê: lá os carros vão andar 29% mais rápido. Um alívio a ser comemorado pelos motoristas.
Manoel Schlindwein
