Operação Tarja Preta encontra remédio falso e prende farmacêuticos do interior

Ação envolveu equipes de órgãos federais, estaduais e municipais

ter, 30/03/2010 - 12h00 | Do Portal do Governo

Dezesseis farmacêuticos e donos de farmácias que vendiam medicamentos falsificados e sem receita médica foram presos em flagrante nas cidades de Jaú, Barra Bonita, Cafelândia, Lins, Avaré e Bauru. É o resultado da Operação Tarja Preta, realizada no interior paulista por órgãos estaduais, federais e municipais.

A ação reúne policiais civis da Secretaria da Segurança Pública, fiscais da Secretaria Estadual da Saúde, Vigilância Sanitária, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilâncias Sanitárias Municipais, com apoio institucional do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).

A Operação Tarja Preta foi precedida por intensa articulação e trabalho de inteligência, informaram os delegados Claúdia Alonso Garmes Armani, assistente do Deinter 4 (Bauru) e Alexandre Zakir, corregedor estadual da Saúde. O trabalho começou dia 16, fiscalizou 12 farmácias e interditou sete delas. Mais de 2,7 mil caixas de remédios foram apreendidas.  É possível que a condenação chegue a até 15 anos de reclusão, de acordo com o Código Penal Brasileiro e a Lei de Entorpecentes.

A venda de remédio sem prescrição médica gera problemas ao paciente. “Medicamentos falsificados e sem registro, fabricados sem os requisitos mínimos de boas práticas, expõem os pacientes a uma série de riscos que vão desde a ineficácia do tratamento até consequências mais graves, como a morte”, diz Maria Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde.

Fiscalização

Na compra de medicamentos, ela orienta o consumidor a observar atentamente alguns itens como data de validade, indicação do farmacêutico responsável, número do lote e do registro na Anvisa. É importante verificar aspectos do produto que são indícios de fraude como embalagem rasurada ou violada e coloração não uniforme do remédio. Se desconfiar de alguma irregularidade, a dica é não comprar o medicamento e acionar a vigilância sanitária local.

Anualmente, o CRF-SP – maior órgão fiscalizador de estabelecimentos farmacêuticos do País – realiza cerca de 63 mil fiscalizações em farmácias, drogarias, indústrias, distribuidoras, laboratórios e outros. Os fiscais do CRF-SP denunciam as irregularidades à Vigilância Sanitária, que toma as medidas cabíveis.

O CRF autua os farmacêuticos que não exercem as atividades conforme as regulamentações da profissão. “A ação dos Conselhos Regionais junto à Polícia Federal e à Anvisa é essencial, uma vez que o farmacêutico é o profissional diretamente ligado à manipulação e interações entre medicamentos”, relata a presidente do CRF-SP, Raquel Rizzi.

Serviço
Se notar irregularidade ou problema em medicamentos contate o disque denúncia do CRF-SP pelo telefone 0800-7702273 ou e-mail denuncia@crfsp.org.br.

Da Agência Imprensa Oficial e da Secretaria da Segurança Pública