Operação da Corregedoria Geral de SP e Secretaria da Saúde apreende medicamentos desviados da rede pública

Mais de 60 caixas de remédios de alto custo que pertencem ao Estado foram descobertas em hospitais privados; uma distribuidora de medicamentos já foi interditada

seg, 15/08/2011 - 10h00 | Do Portal do Governo

Uma operação coordenada pela Corregedoria Geral da Administração (CGA)  em conjunto com a Secretariada Saúde, com apoio do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC), Vigilância Sanitária e Anvisa, identificou o desvio e a comercialização de medicamentos de alto custo da rede pública paulista para hospitais particulares do Brasil.

A organização criminosa desviava medicamentos da Secretaria da Saúde usados no tratamento de câncer e de pacientes transplantados. Nesta operação, que durou um mês, foram apreendidas 61 caixas de remédios, avaliadas em mais de R$ 200 mil, entre eles Avastin, Mabthera e Terlipressina. O preço de cada caixa pode variar, em média, de R$ 300 a R$ 9 mil.

De acordo com a Corregedoria Geral da Administração, os remédios eram furtados do almoxarifado dos hospitais públicos e vendidos por preços bem abaixo do mercado para distribuidoras, que os revendiam para hospitais do Brasil. Uma distribuidora de remédios, localizada em São Caetano do Sul, foi interditada durante a operação. As investigações também apontaram que os hospitais adquiriam os medicamentos por meio de um site de compras médicas.

“O trabalho de inteligência da Corregedoria comprovou a existência de uma rede ilícita de receptação e comercialização indevida de medicamentos, que deveriam ser usados apenas em unidades públicas de saúde. Agora, busca-se apurar a possível responsabilidade funcional pelos desvios ocorridos por meio de processo correcional já instaurado”, afirmou Gustavo Ungaro, presidente da Corregedoria Geral da Administração, órgão vinculado à secretaria da Casa Civil de São Paulo.

Esta é a segunda operação coordenada pela Corregedoria Geral da Administração em conjunto com a Secretaria da Saúde, em 2011, para combater o desvio de medicamentos. Em março passado, foram apreendidas 30 caixas de remédios oncológicos avaliadas em R$ 160 mil na capital paulista, Grande São Paulo e Rio de Janeiro.

Da Casa Civil