O alfabeto que não pára de crescer

Ação da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social atende 2.400 jovens na Capital

qui, 29/11/2007 - 19h46 | Do Portal do Governo

O horário de entrada é às 8h, mas antes já há crianças e adolescentes esperando ansiosamente por mais um dia cheio de atividades oferecidas no Clube da Turma M´Boi Mirim, projeto realizado no Jardim Ângela, zona sul da capital, por meio da parceria entre Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social e a entidade social Serviço Social Bom Jesus.

Para não deixar os 2.400 jovens dispersos pelo parque, a ordem é que cada um aguarde o educador nos pontos de encontro da sua turma. A partir daí, são formados grupos de A a X. Cada letra abriga 30 alunos. Todos são divididos de acordo com a faixa etária, porque as atividades socioeducativas são diferenciadas, respeitando a idade dos alunos.

Até os 11 anos, as crianças participam do projeto “Descobrir”, recebendo noções de esporte e cultura. É a fase de experimentação para os pequenos identificarem o que gostam e querem fazer.

Já os jovens, com idade entre 12 e 17, têm que optar por uma modalidade, realizadas de duas a três vezes na semana. “Mas a maioria escolhe dois projetos e vêm pra cá a semana inteira”, explica a coordenadora educacional, Idália da Cruz Pereira.

Independente do que praticam, todos participam de ações complementares, através de vídeos, discussões e rodas de conversa. “As atividades são bem interessantes e envolvem propostas de reflexão”, conta Rafael de Paula e Silva, aluno de vôlei. O tema do mês passado foi sobre reciclagem.

Atendimento

O Clube da Turma é considerado um dos maiores espaços educativos da região e, além do Jardim Ângela, atende pessoas do Capão Redondo e São Luís, o que faz a demanda ser sempre grande.

Mas a praticidade para se matricular surpreende. “Não temos lista de espera nem período de inscrição. Se tem vaga, já matriculamos”, garante a coordenadora. A criança, no entanto, precisa manter presença escolar de, no mínimo, 75% e participar das atividades no clube, que devem ser realizadas no horário complementar ao da escola.

Uma dificuldade encontrada pela administração é quando o aluno não freqüenta o projeto continuamente. Segundo Idália, é difícil explicar aos pais que avisem e justifiquem a ausência dos filhos. Apesar desta complicação, o entra e sai de alunos não vira critério de exclusão.

Dia-a-dia

No final do ano, a rotina dos jovens se concentra nos ensaios para apresentação aos pais, que marca também o encerramento das atividades. Porém, durante o ano todo, os alunos praticam esportes, que vão do futebol ao judô, além de aulas de dança, música e teatro. Há locais também para uso geral, em sistema de revezamento de turmas, como a Cozinha Experimental, o Acessinha – espaço de jogos eletrônicos pedagógicos e, a piscina, área mais procurada, principalmente no verão.

Mesmo em dia de chuvas há muita coisa pra fazer. “Todo professor faz dois planos, para ter uma alternativa contra chuva”, explica Aline Yoshimoto, que começou como estagiária e hoje é supervisora de projetos.

Férias

Julho, janeiro e fevereiro são os meses que as crianças mais gostam, pois podem brincar o dia todo. É também um período de muita falta, pois há famílias que aproveitam para viajar. Por isso, o Clube da Turma oferece uma programação diferente baseada em ações recreativas.

A criança que quiser pode ficar o dia inteiro e ainda trazer o colega ou o irmão, através do Vale-amigo, um cartão distribuído a cada aluno, que aumenta a integração.

 Da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social

(I.P.)