Núcleo de Música Antiga amplia atuação

O curso da ULM tem cerca de 15 alunos e a idéia é aumentar esse número a partir de agosto

qua, 18/07/2007 - 10h49 | Do Portal do Governo

O Núcleo de Música Antiga da Universidade Livre de Música (ULM) ampliará sua atuação neste segundo semestre. Iniciado em abril deste ano, o curso de música antiga da instituição é o único do tipo em São Paulo. O núcleo é integrado por músicos de prestígio internacional, coordenados pelo violinista Luis Otávio Santos e pelo flautista Ricardo Kanji.

“Música antiga”, explica Kanji, “é aquela que precede o período romântico. Abrange os períodos renascentista, barroco e clássico”. Há cerca de 40 anos, aumentou o interesse mundial pelo aprendizado dessa música. O próprio Kanji, um dos pioneiros no País, foi estudar em 1970 no Conservatório Real de Haia, na Holanda. Em 1973, passou a dar aulas na instituição, de onde só saiu em 1995 para retornar ao Brasil.

O curso da ULM tem cerca de 15 alunos, e a idéia é aumentar esse número a partir de agosto. “Não sabemos exatamente para quantos, porque isso dependerá da seleção e de quantos alunos cada professor terá condições de incorporar”, afirma Kanji. Essa é uma atividade de especialização, dirigida a instrumentistas, estudantes avançados e profissionais. A formação nessa área demanda quatro anos de estudo.

O número de instrumentistas que se dedica a esse tipo de música, no Brasil, é de poucas dezenas, acredita o professor. “Muitos não conseguem viver só disso. Mas sabemos que há grande interesse dos músicos e do público, porque os concertos de música antiga realizados aqui com instrumentistas estrangeiros são sempre bem-sucedidos”, diz Kanji.

As aulas na ULM abrangem os seguintes instrumentos: cravo, violino, violoncelo, flauta doce, traverso, oboé, alaúde, teorba e guitarra barroca. Uma das particularidades desse estudo é a utilização de instrumentos que são cópias dos existentes na época da composição das peças musicais executadas.

“Na Europa, nos Estados Unidos e no Japão existem artesãos, ou luthiers, que produzem instrumentos de excelente qualidade”, diz Kanji. No Brasil, segundo ele, embora o nível seja inferior, há um avanço muito rápido. “Temos planos de trazer luthiers de outros países para realizar oficinas e aprimorar essa atividade”, informa.