Novos laboratórios do IPT trabalham com tecnologia de ponta

Instituto vem investindo alto em eletromagnetismo, nanotecnologia e modernização de equipamentos

seg, 26/04/2010 - 12h47 | Do Portal do Governo

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento, possui pelo manos 12 centros técnicos, 30 laboratórios e 1,6 mil funcionários. E para que tudo isso colabore com o desenvolvimento tecnológico do Estado, o Instituto, que completou 110 anos de atividades em 2009, está sempre investindo em tecnologia de ponta como atualização de equipamentos, nanotecnologia e estudos sobre eletromagnetismo, por exemplo.

A mais nova inauguração do IPT é a câmara de compatibilidade eletromagnética. A nova instalação é aplicada em pesquisas para evitar interferências entre equipamentos eletrônicos como TVs, rádios, celulares, computadores e sistemas eletromédicos, entre outros. A câmara foi entregue neste dia 26 de abril pelo governador Alberto Goldman.

O investimento realizado pelo Governo do Estado no projeto foi de R$ 4 milhões, incluindo os recursos tecnológicos e as obras civis. O novo laboratório dará suporte tecnológico à industria eletroeletrônica para que seus produtos sejam compatíveis entre si.

Durante a visita, o governador também formalizou a abertura da exposição sobre o processo de modernização do IPT, que mostra um resumo das principais frentes de pesquisas que estão recebendo novas capacitações laboratoriais. Saiba mais aqui.

Além da inauguração do Centro de Engenharia Naval e Oceânica, no ano passado – o mais moderno da América Latina para pesquisas aos setores de transporte marítimo e de construção de plataformas de petróleo – que já é prova da excelência do trabalho desenvolvido pelo Instituto, estão sendo investidos R$ 150 milhões na modernização do IPT, que tem como objetivos a capacitação e contratação de profissionais, a aquisição de novos softwares para gestão e o crescimento da rede laboratorial.

Nanotecnologia

A substituição de comprimidos por patches (adesivos) no tratamento de algumas doenças já é uma realidade, mas ainda existem grandes desafios a serem vencidos no mecanismo de liberação controlada dos ativos farmacológicos por esta forma de administração. Para chegar à solução do problema, pesquisadores do IPT estão trabalhando em um projeto de preparação de nanofibras para aplicação e liberação controlada de ativos por essa nova via de uso dos medicamentos – e o novo Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) está desempenhando um papel fundamental na caracterização da espessura e morfologia dos materiais armazenados no instituto.

O recém-adquirido microscópio é um dos primeiros alicerces do IPT na capacitação para pesquisas e ensaios em escala nanométrica. Com possibilidade de uso em vários laboratórios, o novo equipamento trabalha com dois tipos de feixes: o feixe principal de elétrons (FEG) é capaz de produzir imagens de alta resolução com uma ampliação de até 300 mil vezes (como comparação, os modelos convencionais não ultrapassam 15 mil vezes de aumento), enquanto o feixe de íons de gálio executa a usinagem de amostras – é agora possível realizar um corte ortogonal de superfícies, para uma observação em 3D. O custo total do microscópio (incluindo os acessórios) foi de € 1,046 milhão, o equivalente a R$ 2,6 milhões, em um investimento integral do Governo do Estado. Leia mais aqui.

Capacitação laboratorial

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas também está investindo R$ 1,4 milhão para ampliar a capacitação de seus laboratórios que realizam testes de implantes ortopédicos. A partir de dezembro de 2010, quando o projeto estiver concluído, o Instituto poderá contribuir para que os materiais de fabricação nacional e importados tenham mais confiabilidade, atendendo ao padrão de pelo menos 15 normas e métodos de ensaios da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/ISO).

No escopo de materiais e soluções que serão trabalhados pelo IPT estão as próteses internas metálicas de inox e titânio. São implantes de quadril, joelho e coluna, entre outros, que compõem próteses totais ou parciais instaladas por meio de cirurgia. Graças a isso, pessoas que dependem de implantes poderão ganhar mais qualidade de vida a partir desse trabalho. Outro benefício é que as próteses ficarão mais acessíveis ao bolso do consumidor. Atualmente, o mercado de saúde privada dá preferência aos implantes importados, que são expressivamente mais caros.

Os recursos investidos destinam-se à readequação de infraestrutura laboratorial e envolvem a compra de novos equipamentos. Já foram adquiridos um espectrofotômetro de absorção atômica, para a análise química de materiais; um analisador de oxigênio e nitrogênio; e uma máquina de ensaios mecânicos estáticos e dinâmicos. Leia mais aqui.

Exportação

O Laboratório de Análises Químicas do Centro de Metrologia em Química (CMQ), do IPT, já examinou mais de três mil amostras de componentes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos desde que começou, há três anos, a verificar os níveis de substâncias restritivas nos produtos exportados para a comunidade europeia. As restrições da norma abrangem o controle de chumbo, cádmio, cromo hexavalente, mercúrio, bifenilas polibromadas (PBB) e éteres difenílicos polibromados (PBDE).

Nas análises dos materiais, o laboratório do IPT utiliza equipamentos modernos, com alta tecnologia, empregando na etapa inicial, uma técnica denominada de espectrometria de fluorescência de raios-X para análise química qualitativa. Essa é uma técnica não-destrutiva, utilizada para verificar a presença de mercúrio, cádmio, chumbo, cromo total e bromo total em diversos tipos de amostras. O equipamento usado pelo IPT é o mesmo que é empregado nas alfândegas europeias para o controle de produtos.

Esse trabalho é feito para que os exportadores possam atender às exigências da diretiva RoHS (Restrictions of the use of Certain Hazardous Substances – Restrições ao uso de Certas Substâncias Prejudiciais), que entrou em vigor em 1º de julho de 2006 e é aplicado em todos os países da Europa. O laboratório do IPT foi o primeiro a analisar todas as substâncias restritivas dessa barreira comercial. Leia mais aqui.

Em março, o diretor-presidente do Instituto conversou com internautas através do canal SPChat, do Governo do Estado. Durante o bate-papo, ele falou sobre as ações do IPT, do futuro Laboratório de Bionanotecnologia, a expansão das unidades do Instituto e suas especialidades. O vídeo pode ser assistido aqui.

Do Portal do Governo do Estado com informações do IPT